Rede particular não tem como suprir pacientes do SUS, afirma secretário
A rede particular de Campo Grande não tem condições de suprir a demanda de emergência dos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo o secretário estadual interino de Saúde, Antônio Lastória, as unidades particulares sempre recorrem à rede pública para encaminhar pacientes em estado grave e que exigem atendimento de urgência.
A situação é tão caótica na Capital, que 13 pacientes, incluindo-se nove infartados, aguardam nos centros regionais de saúde por uma vaga no pronto socorro da Santa Casa de Campo Grande ou no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
Lastória explica que os hospitais privados não possuem condições de suprir a demanda do SUS na Capital. Ele citou, como exemplo, a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, que não dispõe de nenhum leito na iniciativa privada. Neste caso, apenas o SUS salva os recém-nascidos no município.
Neste momento, Lastória participa de reunião de emergência na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para discutir o caos na rede pública. O PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Universitário foi lacrado ontem pela Vigilância Sanitária Estadual.
No entanto, o secretário interino descartou ligação entre o fechamento do pronto socorro e o caos nos sistema de emergência. Ele disse que o PAM do HU tem capacidade para 21 pacientes, mas estava com 86 pessoas internadas no local ontem.
A reunião conta com participação do secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, e dos diretores da Santa Casa, do Hospital Regional, Hospital Universitário e São Julião.