Presídio federal faz de Campo Grande hospedaria para bandidos ‘ilustres’
Unidade penal foi inaugurada há cinco anos e desde então recebe traficantes conhecidos internacionalmente
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Inaugurada em dezembro de 2006 e atualmente com 121 presos, a Penitenciária Federal de Campo Grande fez a capital sul-mato-grossense ser conhecida como ‘hospedaria’ para traficantes. É que, depois de receber e já ter despachado Luís Fernando da Silva, o Fernandinho Beira-Mar, e o colombiano Juan Carlos Ramírez Abadia, o presídio federal recebeu neste ano outras lideranças do tráfico de drogas e também policiais envolvidos em assassinatos.
Os primeiros ‘famosos’ a chegar na penitenciária neste ano foram quatro cariocas acusados de integrarem uma milícia que teria cometido 50 homicídios desde 2007.
São eles: o vereador Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas é Nós, o soldado da Polícia Militar Ângelo Sávio Lima de Castro, o Castro, o vereador Sebastião Ferreira da Silva, o Chiquinho Grandão, e Éder Fábio Gonçalves da Silva, Fabinho é Nós, filho de Jonas.
Desde agosto integra a lista de detentos da unidade penal o traficante carioca Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco. Ele veio para Campo Grande transferido do presídio federal de Rondônia, onde estava desde 25 de novembro do ano passado.
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Elias Maluco é tido como um dos maiores traficantes de drogas e armas do Rio de Janeiro e já foi condenado pela morte do jornalista Tim Lopes.
Três meses depois chegaram à Capital os traficantes Antônio Bonfim Lopes, o Nem, Anderson Rosa Mendonça (Coelho), Valquir Garcia dos Santos (Carré), e Flávio Melo dos Santos.
Todos são envolvidos no tráfico na favela da Rocinha, sob a liderança de Nem, um dos bandidos mais procurados pela Polícia e preso no dia 10 de novembro. Nove dias depois ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande.
Outros presos ‘ilustres’ são: O tenente-coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro Cláudio Luiz Silva de Oliveira, acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, e o tenente Daniel Santos Benitez Lopes, acusado de participação no crime. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado.
O presídio - A unidade penal conta com 208 celas, todas individuais. Há camêras de segurança, os detentos têm os cabelos raspados e usam uniformes.