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Retrospectiva 2011

A memória de 2011, em 11 fatos e fotos

Redação | 31/12/2011 14:31

As imagens abaixo lembram acontecimentos que, sozinhos, ajudam a registrar na lembrança os dias mais marcantes deste ano que termina

O LIXO QUE MATA

No finzinho do ano, uma imagem que vai ser lembrada por muito tempo: na montanha de lixo que toda a cidade produz e é despejada no depósito ao lado do bairro Dom Antônio Barbosa, o corpo de Maikon, de 9 anos, é retirado por bombeiros. A busca durou mais de 20 horas e varou a madrugada de 28 para 29 de dezembro.

(Foto: João Garrigó)
(Foto: João Garrigó)

DOIS ANOS APÓS O CRIME, O CASTIGO

Bem mais magro, aos 62 anos, o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves foi condenado no dia 29 de novembro a 14 anos de reclusão, pelo assassinato do menino Rogerinho, em novembro de 2009, durante uma briga de trânsito. A sentença também atribuiu parte da culpa pelo que aconteceu ao tio do menino, Aldemir Pedra. Por causa disso, a pena para Agnaldo pela tentativa de homicídio contra o rapaz foi menor do que para os outros crimes. Ao todo, ele foi condenado por um homicídio, três tentativas e ainda porte ilegal de arma.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

CONFLITO SEM FIM

Em 2011, Mato Grosso do Sul ganhou destaque no noticiário internacional, após mais um conflito envolvendo a disputa por terras apontadas como indígenas, o ataque ao acampamento indígena Guaivyri, em Aral Moreira. Após o ataque, o líder Nisio Gomes, 59 anos, desapareceu. Os índios disseram que ele foi executado, mas a Polícia Federal afirma que há mais possibilidade de que ele esteja vivo do que morto e constestou a versão dos indígenas. Dez pessoas foram indiciadas pelo ataque e um índio por falso testemunho. Avó de Nisio, do alto de seus 105 anos, a indígena Eleonora Vasque, revelou ao Campo Grande News o testemunho de quem vive na região antes mesmo de haver ocupação urbana.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

BRINCANDO COM O PERIGO

No dia 28 de outubro, um pai chora a pior dor: a morte da filha, uma criança de 3 anos. Em sua inocência dos três anos de idade, a menina Maria Eduarda Rissi brincava com o próprio sapato, no dia 27 de outubro, no bairro São Francisco. Dentro dele, um escorpião. A menina foi picada e, 18 horas depois, morreu, no Hospital Regional de Campo Grande. O soro contra o veneno foi aplicado tarde demais. Mais do que provocar comoção, a morte da menina colocou em alerta a população para os ataques o aracnídeo, que podem ser fatais.

Foto: Pedro Peralta
Foto: Pedro Peralta

PACIFICAÇÃO

Após anos carregando o estigma de bairro comandado pelo tráfico em Campo Grande, a Vila Nha-Nhá recebeu, em agosto, uma ocupação militar nos moldes das ações feitas no Rio de Janeiro. Mais de 300 policiais foram mobilizados para a ação que, no dia, prendeu apenas 4 pessoas, mas trouxe uma sensação de segurança maior e redução da criminalidade, segundo as estatísticas já divulgadas.

(Foto: João Garrigó)
(Foto: João Garrigó)

RELAÇÃO FATAL

No dia 21 de maio, a jovem Marielly, de 19 anos, saiu de casa para "resolver um problema". Foi achada 20 dias depois, morta, em um canavial. A investigação revelou que o problema era uma gravidez indesejada e que o pai poderia ser o cunhado da jovem, Hugleice Silva, de 27 anos. Preso em julho, ele confessou que contratou o enfermeiro Jodimar Ximenenes para fazer um aborto na jovem. O procedimento deu errado, ela morreu, e o corpo foi desovado na plantação de cana, em Sidrolândia. Em setembro, Hugleice foi solto. Ele e Jodimar aguardam julgamento.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

BURACÃO NO NOVA LIMA

No fim do mês de abril, quando parecia que a temporada de estragos da chuva já tinha passado, os moradores do bairro Nova Lima viram a rua Marques de Herval ser engolida por uma cratera. O buraco foi aterrado e aguarda, agora, obras definitivas contra a erosão.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

MERENDA INDIGESTA

O que era para ser mais uma tarde de aulas e brincadeiras na escola Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira, se transformou em dia de pânico, após 180 crianças sofrerem intoxicação alimentar, no dia 27 de setembro. A causa foi a contaminação do lanche servido a elas, que incluía salsicha e ovo.

Foto: Simão Nogueira
Foto: Simão Nogueira

AQUÁRIO EM CONSTRUÇÃO

Promessa de empreendimento para revolucionar o turismo na cidade, o Aquário do Pantanal, no Parque das Nações Indígenas, teve as obras lançadas em maio deste ano. A construção é orçada em mais de R$ 80 milhões e pretende trazer para a cidade viajantes interessados em conhecer diversas espécies aquáticas, mas também pesquisadores.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

MONSTRO

Com o olhar frio dos que não sentem culpa e um sorriso no rosto, Robson Van der Lan, 29 anos, preso em abril sob a acusação de vários estupros, conversou com o Campo Grande News no dia 15 de abril e pediu compreensão. “Eu não sou um monstro como vocês me vêem. Eu sou um ser humano como você. Não é só porque eu fiz isso que eu preciso ser humilhado assim”, declarou. Ele foi preso após estuprar uma estudante na Universidade Federal. Ela o identificou pelas várias tatuagens no corpo. Van der Lan foi reconhecido por 8 mulheres, vítimas de violência sexual. Ex-presidiário, estava foragido. Entre seus crimes pregressos, o assassinato da namorada grávida.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

DILÚVIO

As chuvas do começo de 2011 provocaram cenas vistas poucas vezes em Mato Grosso do Sul. Mais de 20 municípíos tiveram de decretar situação de emergência, entre eles Aquidauana e Anastácio, onde a população ficou ilhada. Em Corumbá, no Pantanal, foi o gado que ficou preso pelas águas. Bois morreram afogados. Na agricultura, a safra que seria recorde, também foi por água abaixo.

Foto: Silvio Andrade
Foto: Silvio Andrade
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