Servidores cobram aumento no repasse da Cassems pelo Governo
Representantes dos servidores públicos estaduais foram à Governadoria, na manhã desta quinta-feira (7), para cobrar um repasse maior do Governo para a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul). Eles querem elevar o repasse feito pelo Estado de 3,75% para 6%, porque a instituição pretende elevar o total repassado pelo patronal e laboral de 8,75% para 12%.
Os representantes dos policiais militares e civis, agentes penitenciários, professores, administrativos, médicos e outros profissionais da administração pública estadual esperaram o governador André Puccinelli (PMDB) para apresentar a reivindicação.
Após ouvir a reivindicação da categoria, o governador foi taxativo: “é 99% a chance de não elevar o percentual”. Ele explicou que o Governo não tem condições de efetuar um repasse maior à Cassems, apesar de elogiar as gestões do atual presidente, Ricardo Ayache, e do antecessor, deputado estadual Lauro Davi (PSB).
"Quero deixar bem claro, eu priorizaria outras coisas. Dá para continuar um bom serviço sem aumentar.A Cassems esta muito bem administrada pelo Ayache, estão tendo muitas aquisições, mas depois será preciso ceder recursos humanos, e o problema disso tudo é o custeio", aconselhou o governador em relação à contrução e ampliação de hospitais da Cassems.
O governador marcou uma reunião para discutir o assunto com todos os servidores no dia 28 deste mês, às 17 horas.
Apesar da negativa, o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli César, saiu otimista do encontro. Ele explicou que quando o governador permite chance de 1% de atender a reivindicação, significa que ele pode ceder em alguns pontos.
A Cassems pretende elevar a contribuição de 8,75% sobre os salários dos servidores para custear os novos exames e serviços que passam a ser exigidos a partir de 2014 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. Atualmente, os servidores pagam 5,25% sobre os salários, enquanto o Governo oferece a contrapartida de 3,75% a título de assistência à saúde.
Botarelli explicou que esse índice é pago pelo Estado desde 2004 e havia um acordo para elevar esse índice em 0,25 ponto percentual a cada quadrimestre, mas a promessa nunca saiu do papel.