Servidores fecham avenida e impedem acesso ao Parque dos Poderes
Paralisação de hoje é realizada pela Fetems porque a categoria não recebeu o aumento de 7,64% do piso salarial nacional
Os servidores da Educação do Governo do Estado fecharam a Avenida do Poeta e estão impedindo o acesso do Parque dos Poderes, em Campo Grande. Na manhã desta terça-feira (30), os manifestantes se concentram na entrada do parque e dizem palavras de ordem com relação ao aumento de 7,64% do piso salarial nacional do professores e o abono dos administrativos.
Cerca de 500 pessoas estão no local e a expectativa é de 5 mil manifestantes, de acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Roberto Botareli.
O motoristas que seguem pela Avenida Afonso Pena com destino ao Parque do Poderes chegam a entrar na Avenida do Poeta, mas após a Rua Jornalista Marcos Fernando Rodrigues são impedidos de seguir pelos manifestantes que estão na pista, logo na rotatória de acesso ao parque. Apenas quem sai do parque com destino Avenida Afonso Pena está conseguindo seguir o trajeto.
A paralisação de hoje é realizada pela Fetems porque a categoria não recebeu o aumento de 7,64% do piso salarial nacional que tem janeiro como data-base. Conforme a Fetems, o aumento é assegurado pela Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, e pela Lei Complementar Estadual n.º 200/2015.
A Federação reclama ainda da não incorporação de abono de R$ 200,00 no salário dos servidores administrativos da Educação.
Por meio de nota, o Governo do Estado disse que a SAD (Secretaria de Administração) apresentou proposta que "prevê a todos os professores da ativa a garantia de continuarem recebendo no mínimo um salário equivalente ao piso nacional, onde está prevista jornada de 40h semanais" na reunião de segund-feira (29).
"Foi proposta ainda a repactuação dos prazos para aplicação de reajuste sobre a Lei do Piso, com prorrogação para 2018, em virtude da queda da receita estadual", diz a nota.
A reportagem ligou para a secretária de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, e para o secretário de Administração, Carlos Alberto Assis, mas as ligações não foram atendidas.