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Cidades

Taxistas culpam Agetran pela falta de punição aos “briguentos” do Aeroporto

Graziela Rezende | 30/08/2013 16:08

A saída do Aeroporto Internacional de Campo Grande, conforme taxistas, já foi palco de três discussões que acabaram em agressão física este ano. A última ocorreu no sábado (24), quando um dos profissionais ficou com o nariz quebrado ao disputar passageiros. Desde então, os motoristas culpam a Agetran (Agência Estadual de Trânsito) pela falta de punições aos “briguentos” do local.

“Em todos os desentendimentos este ano a fiscalização da Agetran estava lá e não fez nada. Eles tem o direito de punir o taxista agressor com suspensão e até pedir a cassação da licença para dirigir, porém três brigas ocorreram lá e nada aconteceu”, disse um taxista que atua na região central da Capital.

O colega, com 30 anos de profissão, disse que inúmeras vezes levou clientes ao aeroporto, sendo que na volta foi chamado por outros usuários. “Se não tem profissionais naquele horário ou se estamos passando e uma pessoa nos chama, é nossa obrigação atender, inclusive podemos também ser punidos se negarmos o atendimento. Agora, quando a gente faz isso apanha? É um absurdo”, comenta indignado o taxista de 57 anos.

Ao Campo Grande News, o presidente da Assotaxi (Associação dos Taxistas Auxiliares), José Carlos Áquila, disse que há um mês ocorreu a mesma situação e que a falta de atitude da Agetran pode acabar em situações mais graves, como a morte de profissionais. Ao todo, são 38 taxistas que atuam no Aeroporto.

Em defesa dos profissionais que trabalham no terminal, Duair Vargas da Rosa, de 58 anos, diz que os taxistas de outros pontos da cidade vão até o aeroporto buscar passageiro. "Eles ficam parados aqui em fila chamando os passageiros, nos ofendendo em nosso local de serviço. Fazemos duas corridas de manhã, duas à tarde e três à noite. Não temos mercado para fazer mais pontos", conta.

Questionada, a assessoria de comunicação da Prefeitura diz que a fiscalização por parte da Agetran é diária e que brigas não são comuns no local. De Janeiro a Agosto, apenas dois desentendimentos foram registrados no local, de acordo com o órgão, sendo que o último taxista agressor será punido com a suspensão de 15 dias.

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