Zeolla chega em carro do MPE para depoimento na PGJ
Preso por matar o sobrinho Cláudio Zeolla, 23 anos, o procurador Carlos Alberto Zeolla, 44 anos, chegou há pouco na sede da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) para prestar depoimento à corregedoria do órgão em processo adminsitrativo.
Ele saiu da Clínica Carandá, onde está internado, em um veículo do MPE (Ministério Público Estadual). Uma equipe do Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros) fez a escolta do autor confesso do crime, ocorrido dia 03 de março deste ano, na região central de Campo Grande.
Segundo a assessoria de imprensa do MPE, o procurador irá responder aos questionamentos do corregedor-geral, Anísio Bispo dos Santos, em relação ao processo administrativo que apura se a conduta de Zeolla fere o que preconiza o MPE diante do cargo público que o procurador exercia.
O depoimento também será ouvido pelos integrantes da comissão composta por procuradores, que analisa o caso. Os membros dessa comissão são Nilza Gomes da Silva e Evaldo Borges Rodrigues da Costa.
Como se trata de uma investigação na esfera administrativa, nem o advogado do procurador, Ricardo Trad, participa da oitiva. A reunião é realizada a portas fechadas e o teor ainda é desconhecido.
O procedimento corre paralelamente ao inquérito criminal. Caso seja constata irregularidade administrativa por parte do procurador, ele poderá perder o cargo. Se a decisão for favorável a ele, Zeolla ainda pode se aposentador com pagamento mensal de R$ 24 mil.
Uma outra comissão processante irá avaliar a parte criminal. Os procuradores de Justiça designados para a comissão são Olávio Monteiro Mascarenhas, Silvio Cezar Maluf e Belmires Soles Ribeiro.
Em 18 de março, o TJ (Tribunal de Justiça) concedeu ao procurador afastado internação em hospital psiquiátrico. Desde então, ele está internado na Clínica Carandá.
Laudos solicitados pela Justiça já foram entregues e repassados à acusação e defesa hoje que terão 24 horas para analise. Com base na avaliação, o TJ irá decidir se Zeolla continua ou não internado.
O STJ avalia também pedido de habeas Corpus e reconsideração de flagrante, já negados pelo Tribunal de Justiça do Estado.
O procurador só deve sair do hospital mediante decisão judicial. Em caso de alta médica, deve retornar ao Garras.
Zeolla está preso desde o dia do crime e somente em 5 de março confessou o assassinato. Ele alega que o homicídio foi motivado por uma briga que Cláudio teve com o avô, Américo Zeolla e pai do procurador, que e foi empurrado pelo neto.
Amanhã o advogado pretende apresentar defesa, com a relação de oito testemunhas que vão sustentar as justificativas para pedido de absolvição do procurador ou pena mínima, por homicídio privilegiado, motivado por forte emoção.