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De olho na TV

A tênue linha da comunicação e governos do planalto

Reinaldo Rosa | 02/03/2020 12:59

HISTÓRIA – O Corretor de imóveis, Heitor Freire, em seu livro ‘Rádio – A Voz da História Sul--mato-grossense’, brinda o leitor com importante relato de Salomão Francisco Amaral. Modus operandi entre comunicação e interesses de governo sempre existiu.

A LÍDER NACIONAL – O Armador Henrique Lage estendeu suas atividades para o campo da comunicação e, além de jornais e revistas, criou a Rádio Nacional “com programas e audiência em todo o território nacional”, segundo Salomão.

ESTOQUE ZERO – Com afundamento da maior parte de sua frota na Segunda Guerra, o governo central incorporou ao patrimônio da União todo acervo empresarial do espólio de Henrique Lage. Rádio Nacional no pacote.

OS CONTRAS – Abaixo da linha de audiência os Grupos Globo e Diários Associados pediram o fim da líder Rádio Nacional. Tudo em nome do apoio que ambas deram ao Golpe de 64. Foram atendidas. Simples assim.

O TROCO – Tendo contratado a maior parte do elenco da Nacional, A Globo se destacava. Com parceria do Grupo Life Time –e ajuda verde oliva- a emissora escanteou o Diários Associados. E nasceu aquela que, um dia, seria a ‘Globo lixo’. Taukey?

FOGO INIMIGO AMIGO – “Deputado abandonou a CPI que trata de questões da energia, uma atividade de empresa que é do setor de eletricidade em MS...”. Interessante o contorcionismo verbal de Ginez Cesar para omitir o nome ‘Energisa’, anunciante da CBN.

IDEM NA MESMA DATA – Na mesma toada ‘editorial’ a apresentadora da ‘Morena FM’ deu sua versão esconde-esconde. “Facção fora da lei com sede em São Paulo assumiu responsabilidade sobre crime...” (algo assim). Tudo em obediência ao manual de redação para não citar a sigla PCC. Obedece quem tem juízo.

BOM DESCANSO – Radiojornalismo em merecidas (?) férias durante o período de carnaval perderam oportunidade de informar sobre assassinato de ex-prefeito de Amambai. A notícia pune –e não espera-. Mas a missa de sétimo dia vem aí.

FIEL DO BALANÇO – Foi bem o radialista Ciro de Oliveira que aproveitou o carnaval para fazer as antigas marchinhas de momo voltar ao ar. O ‘Encontro de Gerações’ –em pleno carnaval- e importantes notas de bastidores dos Anos Dourados, registrou considerável índice de audiência para a FM 104.

ENQUANTO ISSO – A ‘Morena FM’ optou por manter longos blocos de músicas internacionais brindando possíveis ouvintes refratários aos ‘sons momescos’. O sistema ‘vitrolão’ (sem apresentadores ao vivo) proporcionou à emissora economia no item ‘hora extra’ na folha de pagamentos. Como o faz em todo domingo.

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