Seria esta a rádio que merecemos?
HÁ VAGAS – Boa (?) notícia para quem –ainda- sintoniza a faixa de Amplitude Modulada, em Campo Grande. Vêm aí mais vereadores para ocuparem espaços que não lhes pertencem. Na falta de determinação da futura sede que os abrigará, alguns montam seus ‘gabinetes de trabalho’ na rádio Difusora.
SHOW DA MANHÃ – A partir das sete horas, aos sábado, a emissora contempla seus ouvintes com verdadeiro show de músicas gospel (dane-se quem não goste); ‘recramações’ e anseios do povo. Até às oito horas, comando do vereador Coringa; de oito as dez, vereador Bueno e seu linguajar característico de apresentador da roça.
DESGRAÇA POUCA – Descontente com apartes da tribuna da Câmara municipal, mais um vereador, de codinome Carlão, resolveu, também, aplicar parte da verba de divulgação de atividades parlamentares. Onde? Na ‘rádia’. A partir de dez hora e, até ao meio dia, o caro edil falará sobre o que anda fazendo. Assim, o ‘show da manhã’ de sábado da Difusora completa-se.
RUIM SEMPRE PODE PIORAR – Difusa em suas ações, como o próprio nome indica, a emissora abre espaço para a diversidade dos sexos. Levantando a bandeira de defensora de pobres e oprimidos, vereadora Graziele Machado repicará sua voz aos mais longínquos rincões através das potentes ondas do rádio. Na chamada AM Oficial (Difusora, claro) a parlamentar já negocia seu futuro aconchego. No ar, em breve. Aguentemos. Ou não.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Ao tabelar o preço do aluguel do espaço a ser ocupado, além do fiador, ela (a emissora) questiona sobre o número da DRT dos futuros apresentadores? Acho que não; a dispensa de avalista é compensada pela garantia da verba de divulgação das atividades de invasores parlamentares.
ORA, A LEI – Associações representativas de jornais e de jornalistas discutem, há tempos, regras que regularizem o desempenho da atividade da comunicação. Um dos objetivos –em respeito à sociedade como um todo- é que comunicadores sejam devidamente habilitados para tal. Simples assim.
OUVIDOS MOUCOS – Dirigentes de emissoras que se submetem às exigências do Ministério das Comunicações sobre concessões para exploração de radiodifusão conhecem a legislação correspondente. Ou deveriam conhecer. Em nome da publicidade fácil ficam na base do ‘hãm?’.
SINDICATOS DA TERRA DO NUNCA – Entidades representativas dos verdadeiros –e habilitados- profissionais de comunicação jogaram a toalha. Sindicato dos Jornalistas Profissionais do MS identifica os fora-da-lei e confessa impotência ante o delito; o de Radialistas idem. Fazer o quê, né?
ACALANTO – Aos profissionais que, de fato e de direito- poderiam estar na atividade radiofônica, resta o conformismo ante o desalento de saber que colegas seus, na direção de emissoras, praticam esse ‘crime doloso’. Quando há intenção de matar as regras que deveriam respeitar.
DIRETO DE SAMPA – Peço desculpas aos leitores deste espaço pelos atrasos; em São Paulo tudo é muito corrido e o tempo escasso. Programações musicais das rádios dedicam poucos minutos para a publicidade (interessantíssimas) e os noticiosos duram, em média, até três horas.
VIVENDO APRENDENDO – Na Band News; Boechart como âncora; Rui Castro, do Rio de Janeiro, como correspondente; boletins do Macaco Simão; esporte com Milton Neves.... É mole um informativo assim? Abraços e até a volta às nossas Morenas.