A ciência e a superstição em tempos de guerra
Assim que a guerra foi declarada, cruzamos os dedos, como se com esse gesto, pudéssemos evitar o desastre. Se bem pensarmos, cruzar os dedos não deixa de ser um ato reflexo, uma ação involuntária condicionada por uma crença carente de toda lógica. E que adquire uma dimensão esotérica quando tentamos evitar desgraças. As superstições estão arraigados em nosso subconsciente. Elas nos distanciam de toda e qualquer razão, mas sempre se manifestam em momentos críticos.
Desafiando o raciocínio científico.
Por que há pessoas que batem na madeira depois de expressar um desejo? Alguns se incomodam ante determinados números, especialmente o treze. Há aqueles que se sentem mais tranquilos se estão com determinada pedra ou vestem uma roupa de determinada cor. O mundo atual é regido pela ciência, mas apesar disso, as superstições, tanto antigas como novas, nele continuam presentes. De onde procedem essas crenças e por que persistem ainda hoje?
Não há como nos livrarmos das superstições.
Nunca estaremos a salvo, pois em todas as épocas aparecem ciências fraudulentas influenciadas por um mundo mágico. As superstições moram em nosso subconsciente, esse lugar onde se armazena o ilógico. Desde que a adotamos - talvez na infância - elas são memorizadas e passam a condicionar nossos atos. É o caso de cruzar dedos em momentos críticos como uma guerra.
As notícias que nos agradam.
Tente um exercício. Procure somente por notícias que te desagradem durante dois ou três dias. Verá que essa procura exige algum esforço. É o mesmo caso das superstições. As notícias que nos chegam pelos meios de comunicação, determinarão nossos atos de tal maneira que nosso inconsciente sempre buscará notícias que reforcem nossa opinião ou nosso estado de ânimo. Elas "grudam" no inconsciente. É difícil fugir ou contrariar nosso inconsciente.