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Em Pauta

A difícil e perigosa caçada aos pedófilos da internet

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/05/2018 09:08
A difícil e perigosa caçada aos pedófilos da internet

É difícil imaginar crime maior que a pedofilia. Além do asco que os pedófilos causam a todos, as crianças não tem como colocar nenhum obstáculos a seus desejos desvairados. Eles são encontrados na "deep web", a internet profunda. São sites e páginas sobre pedofilia que não são indexados nos "motores de busca", como o Google ou Bing. O lugar virtual no qual, entre outros delitos, encontram tráfico de órgãos, compra e venda de drogas, intercambio de pornografia infantil, manuais para fabricar explosivos, armas ou munições... Qualquer delito que possa ser imaginado, é encontrado na deep web.
São mundos virtuais sinistros e muito seletivos. Uma das mais eficazes formas de combatê-los é com agentes policiais infiltrados na internet. Para isso, é fundamental a total privacidade do agente. Alí ninguém é quem diz ser. Nem nada é o que parece ser. Você acredita que está comprando armas, mas a maior possibilidade é se deparar com um hacker que enquanto te entretêm, está tirando informação, dados, teu IP, tuas fotografias armazenadas, dados bancários, de imposto de renda... toda tua vida para logo vendê-la ali mesmo.
No âmbito jurídico a pedofilia enseja inúmeros crimes previstos tanto no Código Penal - CP -como no Estatuto da Criança e Adolescente - ECA. Assim, temos no CP a tipificação dos crimes de pedofilia reais: estupro de vulnerável, mediação de menores de 14 para satisfazer a lascívia de outrem, e favorecimento da prostituição de criança e de adolescente. Já o ECA prevê as penas para a pedofilia na web profunda: utilização de criança em cena pornográfica, comércio de material pedófilo, difusão ou posse de material pedófilo, simulacro de pedofilia ou aliciamento de menor.

A difícil e perigosa caçada aos pedófilos da internet

A castração química para pedófilos.

Além de levar os pedófilos para a cadeia, tanto os Estados Unidos como alguns países da Europa começaram a usar a castração química desses indivíduos. Tal medida consiste no uso de drogas regulares de medicamentos, cuja função é reduzir a intensidade da libido do pedófilo. Injetam medicamentos que diminuem a testosterona, hormônio masculino responsável pelo desejo sexual. Tais doses medicamentosas são à base de progesterona, hormônio feminino, que inoculados no homem reduz significativamente o apetite sexual. Não há castração química para mulheres pedófilas, que apesar de ser uma ínfima minoria nesse universo de tarados, causam tantos problemas quanto os homens. Existe a possibilidade de surgirem alguns efeitos colaterais com a castração química. Não é incomum a ginecomastia - o crescimento das mamas em homens -, depressão, diabetes, fadiga excessiva e alterações na coagulação do sangue.
Os estudiosos do assunto garantem que a prisão dos pedófilos só resulta em 50% a cura do indivíduo. Por outro lado, a castração química dá resultados de até 90% de cura.

A difícil e perigosa caçada aos pedófilos da internet

Papa Francisco destrói a pederastia na igreja chilena.

Há três anos os casos de homossexualismo na igreja chilena repercutem no mundo. O escândalo sempre gravitou em torno de um bispo denominado Juan Barros, acusado de encobrir os abusos do famoso padre Fernando Karadima. Durante sua recente viagem ao Chile, o Papa aterrissou em Santigo defendendo Barros, que sempre negou as acusações. Mesmo o tamanho dos protestos das vítimas desencadeou um processo de investigação. O Papa que primeiro havia tachado as acusações de calúnia, por acreditar nos mandatários da igreja do Chile, pediu perdão no voo de regresso a Roma e convidou a três dos estuprados a visitar o Vaticano. Pouco depois, enviou uma missão especial encabeçada pelo arcebispo de Malta ao Chile para investigar em profundidade os casos.
O Papa Francisco, há quatro dias, acabou de reunir-se com todos do alto comando da igreja chilena. É certo que todas, ou quase todas cabeças rolarão. Francisco entregou-lhes um documento, escrito de próprio punho, contendo dez páginas. Segundo Francisco, a gravidade da situação requer muito mais que cabeças: "Os problemas que hoje vivem dentro da comunidade eclesial [chilena] não se solucionam somente abordando os casos concretos e reduzindo-os à remoção de pessoas; isto - e o digo claramente - temos que fazê-lo, mas não é suficiente, temos de ir além". Francisco também afirma que: "Seria irresponsável de nossa parte não aprofundar em buscar as raízes e as estruturas que permitiram que estes acontecimentos concretos se sucedessem e perpetuassem".

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