A permanente luta contra a dor: EMT, meditação e toxina
A dor é a expressão mais cruel da natureza. Quando é intensa e duradoura, preenche a mente de quem a padece sem deixar qualquer espaço para outra coisa que não seja senti-la ou tratar de aliviá-la. Algumas partes do corpo tem mais sensibilidade dolorosa que as demais, é o caso dos dedos das mãos, da tíbia e da córnea dos olhos. Uma dor especialmente irritante é a dos dentes molares. E entre as dores mais insuportáveis estão a provocada pelas queimaduras e pelas pedras nos rins. As mães sustentam que há poucas dores como a do parto. Há diferenças genéticas e hormonais, fazendo com que homens e mulheres percebam a dor de modo diferente.
As novidades trazidas pela pesquisa de uma universidade alemã.
A Universidade de Heidelberg, na Alemanha, acaba de publicar, na "Nature Reviews Neuroscience", uma excelente revisão dos mecanismos da dor. Além de mudar a localização da dor no cérebro, essa pesquisa demonstrou cabalmente a eficácia da EMT - Estimulação Magnética Transcraneal - para aliviar a dor neuropática, inibindo-a no tálamo. Também comprovou a possibilidade de reduzir a dor mediante estímulos condicionados - também dolorosos - aplicados a uma parte diferente do corpo. As sessões de EMT não são cobertas pelo SUS e nem pelos planos de saúde. Cada sessão custa entre R$ 200 a R$ 500.
Meditação e toxinas.
Outros dados indicam que a meditação pode suprimir a intensidade e o desprazer da dor. Todas essas novas estão na pesquisa alemã. Também há recentes pesquisas que demonstram a possibilidade de tratar a dor mediante toxinas de bactérias. Essas toxinas são proteínas que podem aderir aos neurônios da dor para desativá-la.