Argentinos pensam em verde. E o medo da crise
Sobe o dólar, aumenta tudo. Essa é uma regra que domina o capitalismo argentino. Tanto faz se o governo é socialista, de centro ou direita. Pouco importa se são liberais, neoliberais, keynesiano, populistas, nacionalistas, desenvovimentistas ou industriais. O senhor dólar se eterniza no comando econômico dos hermanos. "Isto é uma merda", é o mantra argentino quando o dólar sobe. Há outro fato que se arrasta na Argentina: os períodos de bonança sempre são a incubadora de crises. Para eles, "depois da bonança, vem a tempestade" ou vice-versa, é uma verdade que se mantêm há décadas.
O desânimo se respira em Buenos Aires. A semana que passou, teve uma depreciação do peso que chegou quase a 12%. É isso acordou seus velhos fantasmas. Em verdade, todos os mercados latinos-americanos tiveram suas moedas depreciadas devido às manobras de interesse do dólar nos Estados Unidos. Mas ninguém sofreu tanto quanto os argentinos. E quando o dólar sobe, a rua da Argentina se preocupa.
Os argentinos pensam em verde, em dólar, desde a década de 1940, devido a uma longa e recorrente história de hiperinflacões. Mudar essa maneira de pensar - guardar dólar a cada momento de temor, está na personalidade Argentina.
Macri, o presidente argentino, passa a voar em avião de carreira.
Mauricio Macri deixará de voar em avião presidencial. Horas depois do governo anunciar um corte de gastos para conter o déficits fiscal, o governo comunicou a suspensão da compra de um novo avião presidencial. O presidente argentino têm um avião apto para voos domésticos, mas para viagens mais longas passará a usar serviços comerciais.
A decisão é parte de uma política mais ampla. O governo argentino tem se mostrado inflexível em cortes de subsídios de serviços públicos, com a consequente subida de tarifas. Macri também pretende moderar as subidas salariais e insiste com a mensagem de austeridade a seus assessores para evitar escândalos.
Os maiores exportadores de vinho.
A Organização Internacional da Vinha e do Vinho - OIV - acaba de apresentar em Paris, a relação dos maiores exportadores de vinho. A lista, como sempre, continua amplamente dominada pela Itália, França e Espanha, que representaram 54% do volume do mercado mundial em 2017 - um total de 107 milhões de hectolitros, atingido um valor superior a 30 bilhões de euros.
A Itália é o país que mais exporta vinhos em volume. Detêm nada menos de 29,6% do mercado. A França permanece com o segundo posto - 19,3%. Mas, quando se trata de valor, a relação se inverte: a França têm os vinhos mais caros do mundo e atingiu o faturamento de 9 bilhões de euros em 2017.
Segundo essa entidade, a Região do Alto Jacuí, no Rio Grande do Sul, tendo como cidade polo Cruz Alta, é a grande produtora de vinho brasileira. Em seguida, vem a região do Alto Uruguai (região de Frederico Westphalen) e a Região Fronteira - todas no Rio Grande do Sul. A única grande produtora de vinhos fora do Rio Grande do Sul é a Região da Grande Curitiba.