As novidades que surgirão nos shoppings centers brasileiros
O mercado de shopping centers entrou mais forte em 2014 do que no ano passado, fazendo as redes de varejo se tornarem mais seletivas e exigentes sobre como, quando e onde investir. Mesmo assim, o resultado ainda é muito superior ao do PIB (Produto Interno Bruto). A previsão é de aumento nas vendas nos shoppings de 8,6% neste ano.
Serão abertos 39 novos shoppings que irão se somar aos 502 já existentes e para 2015, outros 24 foram anunciados. Um de seus maiores problemas é o aumento da vacância que está em 3,8% e com tendência de alta nos novos estabelecimentos. Para os especialistas são necessários três Natais para provar se o centro comercial deu certo ou não. Há muitas cidades com saturação desse tipo de investimento.
Mas as boas novas estão no fato de que as grandes redes internacionais continuam atraídas pela estabilidade econômica brasileira, por um sistema jurídico que respeita os contratos internacionais e, principalmente, por um mercado consumidor enorme em plena evolução. Hoje, a classe média brasileira soma 108 milhões de pessoas, com previsão de chegar a 125 milhões em 2023.
Algumas lojas que já começaram a se instalar estão vendendo para milhares de pessoas e enfrentam filas de alguns quilômetros de compradores. Foi o caso da recente inauguração da Forever 21 no Village Mall, no Rio de Janeiro e no Shopping Morumbi, em São Paulo, onde o estoque programado para três meses acabou em 24 dias.
A Cotton On está prestes a se instalar no Shopping Center Norte em São Paulo. No ano passado, 38 varejistas estrangeiros desembarcaram no Brasil. Entre as redes de varejo estavam a Hypoxi (beleza) e 7Camicie (vestuário), além da GAP e Desigual.
Devem chegar neste ano a Pollo Tropical, Arábica Coffee House e SubZero, todas da área de alimentação, que estão em fase final de negociação.
O negócio mais aguardado para este ano, contudo, é a abertura da Eataly de comida italiana, tido como um dos melhores locais do mundo para a aquisição de bebidas e comidas vindas diretamente da península italiana. Cheesecake Factory e Arby ´s também abrirão suas portas e a Dunkin Donuts retornará ao Brasil. Outra que retornou foi a Benetton que no ano passado abriu uma loja no Pátio Batel, em Curitiba.
A gerente de empresa mais bem paga dos EUA nasceu homem
A vida das mulheres que ocupam ou lutam por ocupar os cargos mais altos das empresas continua difícil. Um estudo da Universidade de Chicago contestou a receptividade das empresas às cotas para mulheres. Após analisar o caso da Noruega, país onde uma lei de 2003 determina que as empresas que tem papéis nas bolsas de valores tenham 40% de mulheres no conselho! Os pesquisadores concluíram que não houve aumento no número de executivas nem redução das diferenças salariais. Na realidade, a resistência à lei fez com que 384 das 563 empresas desse grupo optassem por sair da bolsa de valores para não cumprir a norma.
Nos EUA, duas recentes pesquisas mostram o mesmo ranço machista-conservador. De acordo com a Strategy, que pesquisou 2.500 empresas, 38% das presidentas que saíram do posto em 2013 foram demitidas, ante 27% dos homens. Já um levantamento do The New York Times concluiu que só 11 dos 200 chefes de empresas mais bem pagos dos Estados Unidos são mulheres. Coincidência ou não, no topo da lista feminina está Martine Rothblatt, a chefe da empresa United Therapeutics, que nasceu homem, mas fez cirurgia de mudança de sexo em 1994.
Posse responsável de animais, quando o coração não basta, o bolso compensa
Ao menos tem sido assim em Portugal. Quem caminha pelas ruas das cidades portuguesas estranha a pequena quantidade de adolescentes, crianças e animais vagando. Quanto aos primeiros, quase sempre são de turistas a aproveitar o Verão coberto de sódio nas praias em temperaturas que não passam dos 20 graus. A população portuguesa está envelhecendo e há preocupação constante dos mais jovens com a previdência. Em relação aos animais, o que não falta é amor pelos pets, mas manter um é caro, muito caro. Desde o segundo semestre de 2009, os cães passaram a ter inseridos sob a pele um microchip onde constam as informações sobre os donos. Foi a maneira encontrada para prevenir o abandono dos animais.
Em caso de perda, a leitura ótica dos dados é efetuada nos responsáveis pelas freguesias – são como bairros, mas com administração própria – por meio de acesso ao Sistema de Identificação de Caninos e Felinos. Caso não haja o chip, o que já praticamente não ocorre, o animal vai para um centro específico e é sacrificado. Cada chip custa em torno de 30 euros, mas é só o começo. Todos os anos, o proprietário deve comparecer à autarquia responsável e pagar a licença de posse. Antes disso, muito dinheiro foi gasto, e justamente. O proprietário recebe um cartão de vacinas obrigatórias e orientações sobre cuidados com alimentação e a saúde do animal. Entre eles estão o controle periódico de pulgas, carrapatos, ácaros e a esterilização. Todos os procedimentos são assistidos por veterinários. É obrigatório.
Embora o investimento seja elevado, os portugueses que decidem manter um animal são esmerados na missão. Nas ruas, independente do porte, todos usam coleira. A medida, contudo, não contemplou a todos e nem todos conseguem um dono dedicado. Ainda assim, não passam pela agulha que concretiza o sacrifício. Há a chamada posse comunitária, que une vizinhos em torno de cães não têm lar. Eles dividem os custos e cuidados.
Foi a maneira encontrada pela própria comunidade para manter os animais vivos, mas bem alimentados, tratados e saudáveis. Ou seja, não estão abandonados. Tudo bem que é lei, mas há muita disposição e amor pelos animais. São exemplos que podem e deveriam ser seguidos. No Brasil, a quantidade de animais abandonados impressiona e choca. Além da exposição deles a doenças, existe a vulnerabilidade do ser humano. Entre os exemplos está a leishmaniose. Há, contudo, movimentos que merecem reconhecimento, como o trabalho realizado pelo Abrigo dos Bichos, tendo entre as missões, a posse responsável.
Albergues da Juventude mudam a cara do turismo
Há pouco mais de uma década, os albergues da juventude eram a leitura exata das duas palavras. Locais destinados a estudantes ou mochileiros, tendo exígua estrutura. Hoje, o que não faltam em albergues da juventude são estudantes e mochileiros, mas estes dividem espaços com famílias inteiras e, principalmente, profissionais atraídos por seus baixos preços na comparação com hotéis. A estrutura, um quarto para dormir, também difere do que ocorria até o fim dos anos 90.
Os dormitórios, com banheiros individuais – alguns são compartilhados -, são de excelente qualidade, alguns em pé de igualdade com hotéis de pequeno porte. Oferecem estacionamento, internet e serviço constante de arrumadeiras. Se o viajante procurar bem, encontra bar, piscina e, até, lavanderia. Não é novidade, mas bom lembrar que este modelo de hospedagem está disponível o Brasil.
Há vários modelos, entre eles, o Hostelling Internacional, que conta com 3,7 milhões de associados e uma rede de 4 mil albergues. Segundo o site da rede, há cinco premissas que o regem, a segurança, higiene, conforto, hospitalidade e preço. É preciso fazer reservas, claro, e a procura não é pequena, mas é válido para quem deseja economizar e não se incomoda com a falta de luxo.