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Em Pauta

O problema do abastecimento alimentar, desde José até Lula

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 09/02/2025 09:58
O problema do abastecimento alimentar, desde José até Lula

É difícil Lula, ou qualquer candidato petista, vencer as eleições presidenciais-2026. A inflação alimentar é um obstáculo quase intransponível. O aumento do preço dos alimentos está diretamente relacionado com a “bagunça climática”, mas também com a falta de armazenamento. Na história da humanidade, governantes que não estocavam gêneros alimentares eram derrubados. Fome sempre foi causa de derrocada governamental. Quem revolucionou essa terrível realidade foi um israelita chamado José. Quem não conhece a história, sempre incorrerá nos erros cometidos por outros.


O problema do abastecimento alimentar, desde José até Lula

José, filho de Jacó, o grande administrador.

Os dirigentes e escribas egípcios não prestavam muita atenção aos povos que viviam na periferia do império. A recíproca não era verdadeira: os diversos grupos semi-nômades sabiam que seu destino estava intimamente ligado ao de seus senhores egípcios. Um desses grupos em particular contava uma história sobre um pastor chamado José, filho de Jacó. Esse jovem foi vendido no Egito como mão-de-obra escrava. Trabalhador diligente e bem-disposto, conseguiu ocupar uma alta posição, atraindo a atenção do faraó graças a sua capacidade administrativa.


O problema do abastecimento alimentar, desde José até Lula

A revolução de José.

O que mais impressionava os dirigentes egípcios era a forma como José passou a estocar os alimentos em grandes celeiros. O Egito lucrou muito com a revolução no armazenamento. O Nilo, que fornecia ao Egito não só água, mas também baixadas ricas em nutrientes, era perfeito para esse novo modo de organizar a alimentação do povo. Estocar enormes quantidades de alimentos permitiu riquezas para o império e para os fazendeiros que aprenderam estocar.


O problema do abastecimento alimentar, desde José até Lula

Uma sociedade com pequena diferença de riqueza.

Até a revolução de José, o Egito tinha homens relativamente ricos, mas a diferença de riqueza se limitava ao que as pessoas podiam carregar nas costas ou no lombo dos cavalos. É claro, podiam ter vários cavalos. Porém, depois de José, começaram a estocar as colheitas, como forma de adquirir mais terras (não havia dinheiro) e mão-de-obra, via de regra, escrava. José levou o faraó a estocar cereais durante os anos de boas colheitas, como um seguro contra calamidades. Quando uma seca atingia a região, conseguia alimentar a população e aumentar seu poder. Assim como os governantes petistas, parte expressiva de fazendeiros, não aprendeu a revolução de José. Estocar grandes quantidades de alimentos é fundamental.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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