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Em Pauta

Caça às suasticas e os campos de concentração no Brasil

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/02/2022 07:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
A Segunda Guerra Mundial eclodiu em 1939. Três anos depois, e sob forte pressão dos Estados Unidos, além de acontecimentos como o afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães, o Brasil saiu de sua cômoda posição de neutralidade. Se posicionou ao lado dos Aliados. E enviou tropas da Força Expedicionária Brasileira a campos de batalha na Itália. O que poucos conhecem é que esse posicionamento, ainda que tardio do governo brasileiro, fez com que acontecesse uma "outra guerra" dentro do país.


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É proibido tudo, só pode respirar.

Alemães, japoneses e italianos, ainda que nada tivessem a ver com a guerra, da noite para o dia, foram transformados em inimigos. Quem tivesse uma dessas nacionalidades só poderia sair das cidades onde residiam com salvo-conduto. Eram proibidos de morar no litoral e em outros lugares considerados estratégicos. Portar rádios e máquinas fotográficas e falar em publico na língua do país de origem era proibido. Muitos foram demitidos de seus empregos. Em especial todos funcionários da VASP, Condor e Lufthansa que residiam no Brasil.


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Lojas saqueadas.

O preconceito tomou conta. Passaram a ser chamados pejorativamente de "súditos do eixo". Lojas de alemães, italianos e japoneses foram apedrejadas no Sul e no Sudeste, outras foram colocadas em uma lista negra. Os dois bancos alemães - Banco Germânico e Banco Alemão Transatlântico - foram liquidados.


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Campos de concentração com 3 mil imigrantes.

Registros históricos indicam que ao menos 3 mil alemães, italianos e japoneses foram conduzidos para campos de concentração entre 1942 e 1945, em vários Estados do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e Bahia. Outros tantos foram confinados em delegacias, hospitais e em suas residências.


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Maior número em São Paulo.

Em São Paulo, o número de prisioneiros foi maior que nos demos Estados. Há documentos mostrando que havia pelo menos 104 em Pindamonhangaba, 22 em Guaratinguetá, 24 em Ribeirão Preto e 28 em Bauru. Outro estado com número expressivo de detentos foi Santa Catarina: 77 em Trindade e 28 no Campo de concentração Oscar Schneider. No Rio de Janeiro, levaram todos para delegacias e presídios. Na Bahia, 46 foram detidos na Polícia Militar e 69 em Maracás.
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