Como as superstições sobreviveram aos avanços das ciências
Derramar o sal, passar embaixo de uma escada, abrir o guarda-chuvas dentro de casa são algumas das ações que evitamos por pura superstição. Todas elas, em geral, estão associadas com a atração da má sorte. Até o mais incrédulo evita executá-las. São crenças tão arraigadas na cultura popular que não cedem nem um espaço para as ciências. Também são muito antigas. O combate a elas tem origem na Roma Antiga, e pouco adiantou.
Para que serve soprar velas de aniversário?
Soprar as velas de aniversário parte da ideia de que a fumaça que se desprende serve como veiculo dos desejos do aniversariante para que estes cheguem à deusa Artemísia, a única capaz de cumpri-los, segundo a cultura grega. O noivo pegar a noiva nos braços para entrar na casa durante a noite de bodas, é da mesma época, pensavam que era uma solução perfeita para que a mulher não tropeçasse no batente da porta, presságio de má sorte no matrimonio.
Combatidas desde Roma.
Os autores romanos não tinham um conceito positivo das superstições e magias. Eles associavam os xamãs e feiticeiros com as classes baixas. Plutarco e muitos outros autores ridicularizavam a tais xamãs, chamando a atenção sobre a óbvia contradição da situação em que estes se achavam. Se eram capazes de atrair a boa sorte, por que eram tão pobres?
Bálsamo psicológico.
A ciência vem explicando as superstições já há algum tempo. Os cientistas afirmam que elas servem de bálsamo psicológico, já que ajudam a reduzir a incertidão, levando-nos a um futuro identificado como seguro. Um dos ambientes mais estudados é o dos esportistas de fama mundial. O campeão das superstições, dizem os cientistas, é o tenista Rafa Nadal. Uma vez que entre em campo, Nadal faz uma série de movimentos repetitivos que lhe dá certa segurança ou sensação de controle na hora de enfrentar seu rival. Nesse caso, a superstição ajuda a melhorar o rendimento. O leva a crer que tem maior controle sobre o que ocorrerá.
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