Devedor pode ser proibido de viajar
Está devendo a loja de eletrodoméstico? Saiba que corre risco de não viajar nem para Terenos. Advogados descobriram no novo Código de Processo Civil formas inusitadas de forçar os devedores a fechar acordo. A mais agressiva delas, é atacar direitos pessoais. Além de não viajar, também há o risco nem mesmo dirigir teu carro. Já há processos pedindo para o juiz suspender a carteira de motorista. A lógica é que se não há dinheiro para quitar a dívida, seja ela qual for, também não deveria haver para manter um carro ou pagar viagens.
Para o lado das dívidas trabalhistas também há novidades. As empresas com dívidas salariais podem ser impedidas de contratar novos funcionários até que os débitos sejam saldados. Depois dos políticos, parece que agora é a vez dos devedores. Duvido que não encontrem pelo menos um devedor por cada quadra de Campo Grande.
Vem aí o espetáculo das eleições e a falta de lideranças
No mundo do espetáculo das eleições quatro protagonistas são nomes conhecidos, há onze atores secundários, muita vilania e intriga e, provavelmente, um final de grande suspense. Todos os traços, truques e deficiências de liderança estarão bem visíveis. O comportamento inflamável, visceral e "não preciso de ninguém" dos dois mais fortes concorrentes - Trad e Bernal - a simploriedade e total dependência da única candidatura feminina, e a razoável postura de líder do policial que não soube escolher partido.
Os especialistas no estudo de lideranças buscam nas empresas o modelo a ser seguido no século XXI. Não basta. Também podem buscar os contornos de lideranças no clássico trabalho que o sociólogo Max Weber fez dos diferentes tipos de autoridade: o tipo-tradicional - baseado no patriarcado e na propriedade -, o tipo legal-racional, baseado no controle dos sistemas burocráticos e das leis e, por fim, o carismático, que dispensa definições.
Weber considerava a autoridade legal-racional como a marca de uma sociedade avançada. Os estudos mais recentes têm separado completamente as lideranças das instituições, transformando-a em uma mistura de qualidades pessoais e de talentos, com o carisma permeando as características do novo líder do século XXI. O modelo do novo-líder está escancarado para o mundo, é o representado pelo presidente Obama.
O que esperar e procurar nas eleições de Campo Grande? Todos os candidatos não são verdadeiros líderes. Não conseguem ocupar nenhum dos modelos pensados pelo mundo. Não são do tipo-tradicional, muito menos do tipo legal-racional, não cabem no modelo do líder empresarial e nem no carismático. São apenas pequenos, diminutos líderes. Temos três pequenos líderes que não sabem gerir - os que ocupam as primeiras posições nas pesquisas - e um gestor que não sabe liderar - aquele que está na quarta posição.
No entanto, apesar de todas as diferenças entre os candidatos, temos também de reconhecer suas semelhanças. Os estilos dos quatro "não funcionam". O que os aproxima é a falta de liderança. Como sempre, descrevem seus adversários como ameaças para a sociedade. Apresentam-se como um raio de esperança. As pessoas desconfiam de suas relações com a vida pública. Todos estão recebendo duras críticas e nenhum elogio.
Burros de carga voadores para levar medicamentos a lugares distantes
São 33 equipes concorrendo por um premio milionário para criar um design para um "burro voador", um drone capaz de coletar e entregar cargas que pesam cerca de vinte quilos. A ideia é levar medicamentos a lugares distantes, especialmente na África. Mas, caso tenha sucesso, será adotada em todo o mundo. As 33 equipes participarão de uma série de eventos que culminará com uma corrida ao redor do Monte Quênia dentro de 3 anos. Quem comanda a iniciativa humanitária são empresas de peso como a Swiss Airlines e o Centro Nacional de Pesquisa em Robótica da Suíça.
Qual é o medicamento mais vendido no mundo?
As novas terapias contra a Hepatite C mudaram a vida de milhões de pacientes no mundo, oferecendo a cura que até agora não existia. E também tiveram enorme relevância empresarial. Harvoni, o mais recente medicamento da indústria farmacêutica Gilead, contra essa patologia, encabeçou, pela primeira vez, o pódio dos medicamentos mais dinheiro levou para a empresa. Concretamente, após sua aparição, em 2014, Harvoni incrementou suas vendas em incríveis 1.159%, aportando 16 milhões de euros só no ano passado.
Harvoni tomou o primeiro lugar do antitumoral Humira, que pertence à indústria Abbvie que cresceu "apenas" 27% em vendas, faturando 13 milhões de euros em 2015. O pódio dos medicamentos mais vendidos é completado com a insulina Lantus, que agora ocupa a terceira posição. O Lantus rendeu 10 milhões de euros à empresa francesa Sanofi.
O mercado em todo o mundo de medicamentos cresceu 9,5% no ano passado, segundo IMS Health. Áreas terapêuticas como o câncer, diabetes, enfermidades autoimunes e hepatites determinaram esse crescimento. Em parte pelo aparecimento de novos medicamentos biológicos, mais eficientes, porém muito mais caros.