Estigmas sem fronteiras: os mitos sobre a menstruação
O mundo ainda continua alimentando os mitos sobre a menstruação, uma prática que dificulta - e até mata - mulheres. Na Índia é habitual as mulheres não entrarem na cozinha ou se alimentarem junto com a família no período da menstruação, acreditam que pode azedar os alimentos. Em muitos lugares, as mulheres não podem nem entrar em templos religiosos durante o período das regras. O resultado desses tabus e do silêncio se traduz em uma falta de conhecimento que é transmitida de mãe para filha. Mãe ignorante cria filha ignorante. Na Índia, mais de 50% das jovens nada sabiam sobre a menstruação quando elas chegaram pela primeira vez. No Nepal é ainda pior. Milhares de mulheres são expulsas de suas casas durante o período menstrual. São relegadas ao campo, ao pátio das casas ou às coberturas de animais de criação. É o denominado "chaupadi", o isolamento para menstruar. Acreditam que se não isolarem as mulheres com menstruação, a comunidade sofrerá uma desgraça. O governo do Nepal tipificou o chaupadi como crime, mas ele continua sendo praticado. Esse isolamento levou algumas mulheres à morte. Em julho, uma jovem de 19 anos faleceu depois de ser mordida por uma serpente quando estava na cobertura para animais de sua casa. Outra morreu asfixiada devido à ausência de ventilação na diminuta casinha onde havia sido desterrada. No Japão as mulheres não podem fazer sushi nesse período. A superstição determina que uma mulher menstruada estraga o sushi. Curiosamente, o Japão é um dos raros países onde ha férias legais para mulheres menstruadas. Essa lei foi criada em 1947 mas não é utilizada. As japonesas afirmam que entrar em férias menstruais as estigmatizariam e não teriam como ascender profissionalmente. No Malawi, menstruar é top secret. Os pais não falam, em hipótese alguma, sobre menstruação com suas filhas. No Malawi e em muitos países asiáticos e africanos não usam absorventes -são produtos de luxo, a saída são panos velhos e folhas. Na Bolívia rural as mulheres não podem jogar os absorventes junto com o lixo. Separam. Acreditam que causam câncer.
Nos países mais desenvolvidos, os tabús, silêncios e estigmas estão ficando no passado. Avançam. No Reino Unido e no Canadá, por exemplo, intensas manifestações com mulheres nas ruas, colocou a menstruação no debate político, reivindicavam que o governo deixasse de cobrar impostos para baratear o preço dos absorventes e tampões, o chamado "tampon tax" ou "taxa rosa". E venceram.
Uma mulher exigiu a permanência do imposto sobre absorventes no Brasil.
O imposto sobre absorventes é uma taxa que será cobrada de mulheres, em média, dos 12 aos 51 anos de vida. Fazendo as contas - menstruação de 5 dias e 4 absorventes por dia - o total de impostos que cada brasileira paga é algo próximo a R$5.000. É um dos mais caros impostos sobre absorventes do mundo.
Em nosso país, os impostos correspondem, em média, a mais de 25% sobre o valor do absorvente, a carga é composta de impostos federais e estaduais. Essa discriminação só persiste devido a uma mulher. Corria o ano de 2013, o governo federal havia concedido isenção de seus impostos a alguns produtos higiênicos da cesta básica como sabonetes, papel higiênico e pasta de dente. A inclusão de absorventes na proposta, foi vetada pela ex-presidente Dilma Roussef.
Este é o melhor carro para elas.
O novo Honda Civic Type R levou o prêmio de "Melhor Automóvel" no Women´s World Car of the Year. Esse prêmio internacional tem a particularidade de ser votado por um júri composto exclusivamente de mulheres. Na edição de 2017, o júri foi composto por 25 jornalistas do setor de automóveis de 20 países diferentes. Dos 420 automóveis que entraram no concurso, elas selecionaram uma lista com 60 carros candidatos. Seguiu uma votação secreta que decidiu o vencedor. Esse carro têm um motor de 320 cv de potência e acelera do zero aos 100 km por hora em 5,7 segundos. É potente. A má notícia é que a Honda ainda não deu uma data para ser vendido no Brasil.