Na época que a eletricidade "causava sardas"
À medida que a eletricidade se tornava mais acessível, muitas pessoas achavam enervante depender daquela força invisível, capaz de matar rapidamente e em silêncio. Os primeiros eletricistas de C.Grande foram treinados às pressas. Eram inexperientes. E foi assim que esta se tornou uma profissão para homens arrojados, sem medo da morte.
Sensação nos jornais sanguinolentos.
Entrou na moda jornais que jorravam sangue, assassinatos especialmente, escrever sobre eletricidade. Eles passaram a dar relatos completos e vividos sempre que alguém morria eletrocutado, como acontecia constantemente. Os incêndios por falhas elétricas eram comuns. As lâmpadas explodiam, sempre causando sustos e, às vezes, desastres. Era muito curioso ver que todos tinham em suas casas almofadas que funcionava como um "seguro contra incêndios", jogavam-nas nas tomadas e lâmpadas que apresentassem faíscas.
Até sardas?
As pessoas acreditavam piamente que a eletricidade era uma ameaça insidiosa. Identificaram uma série de males provocados por ela: fadiga ocular, que poderia levar à cegueira, era a mais comentada. Dor de cabeça e falta de saúde geral seriam causadas pela eletricidade. Comentava-se sobre "um esgotamento prematuro da vida", cuja causa seria a eletricidade. Mas há algo ainda mais inacreditável, tinham convicção que as sardas surgiam devido à luz elétrica.