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Em Pauta

O fim do capitalismo no setor elétrico e nos combustíveis

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/07/2016 06:55
O fim do capitalismo no setor elétrico e nos combustíveis

Na segunda metade deste século, a economia mundial será híbrida. Um sistema colaborativo - nem capitalista e nem socialista - emergirá com muita força. O capitalismo será cada vez menos importante.

A energia elétrica será gratuita. Aliás, já começou. O Chile, a Alemanha e a Dinamarca já viveram alguns meses com energia elétrica gratuita. A China está próxima desse objetivo. Na Alemanha, com o governo trabalhando há décadas, a energia eólica e solar está aumentando muito rapidamente. Em dez anos, 40% da energia alemão terá custo zero.

Em vinte anos, atingirá 100% com custo zero. Mas já estamos vivendo a queda mundial do preço da energia e não estamos vendo, no Brasil, pelas loucuras do governo Dilma. Em 1978, um watt produzido pela energia solar custava, em média no mundo, US$ 78, agora custa US$ 0,50 e, em um ano e meio, custará US$ 0,35. Temos de pagar pela infraestrutura de instalação, transporte e acumulação da energia eólica e solar. A conta, para nós brasileiros, ainda será salgada, mas não esqueçam: o sol e o vento não mandam fatura. Insisto: não é uma teoria. É semelhante ao que aconteceu com os chips dos computadores. Nos anos 1940, existiam meia dúzia de computadores e custavam milhões de dólares. Com o chip da Intel, passamos a usar computadores nos telefones que custam US$ 25 na China. Creiam, eles são mais poderosos que os usados pela Nasa para mandar o homem à lua.

Para o lado dos combustíveis fósseis, os capitalistas ainda depositam esperanças. Sonham com o velho mundo em que mandavam e desmandavam. Mas ele tornou-se, no mínimo, escorregadio, duvidoso. O mundo que eles geriam começou a vir abaixo em 2008, quando o preço do óleo cru alcançou seu máximo histórico - US$ 147 o barril. A economia mundial foi abaixo porque todos dependiam das energias fósseis e nucleares. Com o pré-sal, o Brasil viveu um período de pujança volátil e curto. Desde então, o mundo do petróleo mudou radicalmente. Vivemos uma era, com prognóstico de década, em que o custo do barril de petróleo estará entre US$ 40 e US$ 50. Essas empresas do ramo petrolífero deixaram de ser competitivas. Basta uma pequena variação para baixo de US$ 40 por barril para que elas entrem em bancarrota. Chegamos ao fim da denominada "segunda revolução capitalista-industrial", baseada em energias fósseis. A nova economia será colaborativa.

O fim do capitalismo no setor elétrico e nos combustíveis

García Carrión, os vinhos mais vendidos do mundo.

A França tem ótimos vinhos. A Itália também. Mas quem vende mais vinhos é a Espanha. O grupo García-Carrión tem na Espanha praticamente o controle de todos os mercados e setores onde opera. A atividade do consórcio que envolve 40.000 agricultores com uma superfície de cultivo de 155.000 hectares.

A companhia conta com vendas superiores a 850 milhões de euros em 150 países, quase tudo em vinhos e sucos. O primeiro sucesso ocorreu em 1982 com o nascimento de Don Simón, o primeiro vinho engarrafado em Tetra Pak. No ano seguinte, o grupo já era líder na venda de vinhos de mesa na Espanha. O passo seguinte foi tomar a dianteira no ramo dos sucos adotando a mesma estratégia. O grupo também foi pioneiro na venda de vinhos de baixa graduação alcoólica, de sucos recém exprimidos, de cremes de verdura e caldos naturais.

O vinho é o principal motor do grupo com um total de nove vinícolas, detendo nada menos que 36% do mercado espanhol. Desde meados dos anos oitenta, seus vinhos são os mais vendidos na Espanha em todos os segmentos, desde os "denominação de origem"- com 25% do mercado graças ao Pata Negra - até os não classificados. Com um volume de 200 milhões de litros de exportação ao ano, os vinhos da García Carrión, são os mais vendidos no mundo.

O fim do capitalismo no setor elétrico e nos combustíveis

Porque pagamos para autenticar documentos?

A prática de registrar documentos surgiu para reduzir a necessidade da mediação de um juiz ou de testemunhas. Antes do advento da escrita, a formalização de negociações - incluindo casamentos e heranças - era feita com uma festa que celebrava o "contrato". À partir da escrita suméria, os "documentos", isto é, as tabuletas de argila, tinham os escribas como os responsáveis pelos documentos.

Foi com os romanos que o ofício dos cartorários se estruturou. Eles separaram os registros públicos dos privados. Os documentos da corte romana, do governo, passaram a ser produzidos pelos "notarii" e os do povo, pelos "tabeliones". Ambos, asseguravam a veracidade de documentos. Com a queda do Império Romano e a ascensão da Igreja Católica, esta assumiu a responsabilidade pelos registros de documentos. Os guardiões dos documentos eram indicados pelo Vaticano. Mas haviam muitos choques e disputas por esses cargos. A França, Espanha e Portugal concordavam com essa organização, mas a Inglaterra não aceitava o domínio da Igreja na guarda de documentos. Em 1534, Henrique VIII, rei da Inglaterra, assumiu o direito de nomear notários. A França, há duzentos anos retirou o poder eclesiástico da guarda de papéis.

Essa prática, com o passar do tempo, foi totalmente transformada em quase toda a Europa. Hoje, os cartórios europeus se ocupam apenas da validação de documentação para o comércio internacional. A autenticação de documentos, tal como fazemos, e pagamos muito, é desnecessária e desconhecida. Pergunte a um europeu onde fica o cartório para autenticar a uma cópia de documento e receberá a mais completa ignorância como resposta. Eles não entendem o que você está dizendo. As leis europeias garantem que as cópias possuem o mesmo valor do original. Os raríssimos falsificadores europeus são presos com relativa facilidade. Os falsificadores brasileiros tem nome e endereço conhecidos.... Pagar para dar autenticidade a um documento serve para o que mesmo?

O fim do capitalismo no setor elétrico e nos combustíveis

O encontro romântico dos endinheirados sem tempo.

Trabalhava mais de 70 horas por semana e estava cansado de não ter tempo sequer para marcar um encontro romântico. Para evitar que a vida fosse apenas casa-trabalho-casa, Scott Valdez decidiu criar um negócio que tratasse do problema de pessoas com história semelhante à dele. Fundou ViDA - Virtual Dating Assistant, uma consultoria para a área sentimental. Mas só para os endinheirados - médicos, advogados, pilotos e empresários - que tivessem condições de pagar entre 300 e 1.200 euros por mês (R$1.300 e R$5.160). O negócio é simples: a empresa trata de seus perfis nas redes sociais. O objetivo? Atrair histórias de amor potenciais que nem sempre chega às vidas de pessoas que as desejavam... por falta de tempo e atenção. O processo começa com uma conversa com o consultor, em que o cliente conta as coisas mais importantes ao especialista. O perfil nas redes é consultado e alterado, de maneira a tornar-se mais apelativo e a evitar mal-entendidos. Segue-se uma lista cuidadosamente construída de parceiros de encontros potenciais, seguida de um conjunto de dicas. Um casamenteiro eficiente, próprio do século XXI.

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