O papel da Suzano na produção de livros é vital para o Brasil
Desde quando foi anunciado, nos primeiros meses de 2014, ainda no governo André Puccinelli, a nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, tem sido alvo de especulações, críticas e de esperança. O projeto é grandioso. Serão necessários 180 mil hectares de floresta plantadas de eucalipto para abastecer uma fábrica de 2,2 milhões de toneladas de celulose por ano.
O aumento do preço no papel.
Os sucessivos aumentos do preço no papel tem preocupado editoras de livros, revistas e histórias em quadrinho país afora. O papel para elas teve alta de 24% em 2021, enquanto a inflação fechou o ano em 10%. Outros 27% de aumento são esperados para este ano. Quem determina os preços do papel no Brasil é a Suzano.
Menos livros no Brasil, mais celulose para exportação.
A principal fornecedora de papel para o mercado nacional é a paulistana Suzano Papéis e Celulose. É quase um monopólio e dita os preços que bem entender. Para as empresas que editam livros e revistas essas altas significam menos livros novos publicados, tiragens menores e um preço maior ao consumidor final. O problema para a Suzano é que exportar celulose é mais lucrativo que produzir papel para o consumo brasileiro. Ela, como todos os segmentos do agronegócio, está tendo enormes lucros com desvalorização de nossa moeda. A Suzano exportou no ano passado, nada menos de 92% da celulose produzida em suas fábricas. A esperança é que a fábrica de Ribas do Rio Pardo venha a abastecer o mercado nacional.