O Quebra-cabeças das enxaquecas
Uma dor mal compreendida
Além do sofrimento físico, a enxaqueca rouba momentos únicos da vida. Muitas pessoas perderam casamentos de parentes próximos, a visita de amigos queridos, também reduz a eficiência no trabalho, inclusive é causa de demissões. Com a enxaqueca nasce um estigma social. Ele advém da incompreensão dessa doença. E isso, não raramente, leva alguns a esconder a enfermidade que pode se tornar crônica.
O quebra-cabeças da medicação.
Apesar dos avanços científicos e do aparecimento de novos medicamentos, o grande problema do tratamento da enxaqueca é que não se conhecem as causas e tratam tão somente dos sintomas. Essa é uma doença que se parece com as digitais dos dedos, para cada pessoa é diferente da outra. Encontrar uma resposta médica supõe percorrer um caminho que pode ser longo, complicado e doloroso. A lista de tratamentos corretos e incorretos é longa: nutricionais, neurocientíficos, fisioterápico... e acabam entrando no vale-tudo da acupuntura, do mindfulness, qualquer coisa que lhes devolva a vida normal.
Os medicamentos habituais.
Os mais comuns medicamentos são os analgésicos, os anti-inflamatórios e os triptanos (específicos para a enxaqueca). Os que se pretendem preventivos são os antidepressivos, a toxina botulínica tipo A, os minerais, as vitaminas, os beta-bloqueadores para pressão arterial e os anti-epilépticos. Não é raro que o abuso na medicação possa contribuir para que passe de episódica para crônica.
Não existe nenhuma ajuda no mundo laboral para essa doença. Pelo contrário, os episódios de incompreensão e até de preconceito são constantes.
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