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Em Pauta

O refinado motor das bactérias que as torna super velozes

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/01/2022 08:45
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

As bactérias são os organismos mais abundantes do planeta. Estão na placa dentária, mantém a fertilidade da terra e são as "donas" de teu intestino, por exemplo. Tem aparência simples e tamanho insignificante, apenas 0,5 a 5 micrômetros. Compreendê-las abre a porta para o desenvolvimento tecnológico, tratamentos para beneficiá-las quando são nossas parceiras ou limitá-las, quando são nossas inimigas. Até hoje, por incrível que pareça, não conhecíamos como funciona o motor que impele as bactérias como se fossem bólidos muito superiores a um fórmula um.


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Correndo ou nadando a mais de 600 quilômetros por hora.

Os cientistas espanhóis acabam de revelar como funcionam os flagelos das bactérias, uma estrutura que as converte nos seres mais rápidos do mundo. São capazes de percorrer em um só segundo um espaço equivalente a cem vezes seu tamanho. Funciona como se uma pessoa de 1,70 metros conseguisse se mover a 600 quilômetros por hora.


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As campeãs são as arqueas.

Chamadas até pouco tempo de arqueobactérias, descobriram que esses micro-organismos tem paredes diferentes das bactérias e as tiraram dessa classificação. Hoje, são simplesmente denominadas "arqueas", um grupo separado das bactérias. E são elas as campeãs imbatíveis na velocidade. Se movem 6 vezes mais rapidamente que a mais veloz bactéria. Seria o mesmo que uma pessoa se movesse a 3.600 quilômetros por hora.


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O flagelo bacteriano é como se fosse uma hélice de avião.

Funciona como uma hélice. Esse motor biológico está preso na parede celular e converte uma corrente elétrica de prótons em movimentos de rotação. Um sistema que tem um "interruptor", que liga e desliga essa aceleração, assim como um "leme", que muda sua direção. Entender esse mecanismo era fundamental para, no futuro próximo, criarem medicamentos que irão só a um determinado ponto de nosso corpo. Ou desligá-lo, assim que seus efeitos nos satisfizerem. E tem mais, conseguem conservar energia para os tempos de "vacas magras", no mecanismo ainda por ser explicado com pormenores.

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