Poder ou cadeia. Para que serve a democracia?
Por Mário Sérgio Lorenzetto | 08/03/2024 07:50
Perdeu as eleições, foi para cadeia. Essa é a nova ordem em parte do mundo. Vimos ocorrer em nosso Estado e no país. Estamos nas vésperas de outra rodada de prisões. Bolsonaro - e parte de seus aliados - estão nas portas das penitenciárias. Alguém ainda duvida? Uma fonte, com acesso a três ministros do STF, me deu as reais razões: é, antes de tudo, autodefesa. Alguns ministros estão se defendendo, tal como fazem policiais quando um dos membros dessa instituição é baleado. A dualidade poder ou cadeia está se espraiando mundo afora.
Trump não esconde: vencerá para não ir para a cadeia.
É estranhíssimo alguém se apresentar às eleições norte-americanas pela segunda vez depois de uma derrota. A razão é muito simples, chega a ser comovedora: Trump quer ser presidente pois a única maneira de não acabar no cárcere é mandando no país. É a isto que está reduzida a democracia no país mais influente do mundo. Não há mais dignidade. A nobreza desapareceu. E se não fosse a elevada idade de Biden, cravaria que ele é que irá ver o sol nascer quadrado.
É estranhíssimo alguém se apresentar às eleições norte-americanas pela segunda vez depois de uma derrota. A razão é muito simples, chega a ser comovedora: Trump quer ser presidente pois a única maneira de não acabar no cárcere é mandando no país. É a isto que está reduzida a democracia no país mais influente do mundo. Não há mais dignidade. A nobreza desapareceu. E se não fosse a elevada idade de Biden, cravaria que ele é que irá ver o sol nascer quadrado.
Cadeia espera tantos outros.
Venezuela, Colômbia, Nicarágua.... parece que a regra de "poder ou cadeia" só tem uma exceção neste lado do mundo, naquele que já foi chamado outrora de "Novo Mundo": o México. Na Venezuela, a situação prende seus opositores. E eles juram que prenderão Maduro e sua turma no dia seguinte que vencerem alguma eleição. Na Colômbia, os adeptos de Uribe fazem de tudo - e mais um pouco, minando, inclusive, o processo de paz com os guerrilheiros - para que o poderoso não vá parar no xilindró. O lema colombiano é: "Se colocarem um dedo em Uribe, o país se incendeia". Situação semelhante à da Nicarágua. Pelo estado de efervescência, não é difícil imaginar o que acontecerá na Argentina de Milei e no El Salvador de Bukele.
Venezuela, Colômbia, Nicarágua.... parece que a regra de "poder ou cadeia" só tem uma exceção neste lado do mundo, naquele que já foi chamado outrora de "Novo Mundo": o México. Na Venezuela, a situação prende seus opositores. E eles juram que prenderão Maduro e sua turma no dia seguinte que vencerem alguma eleição. Na Colômbia, os adeptos de Uribe fazem de tudo - e mais um pouco, minando, inclusive, o processo de paz com os guerrilheiros - para que o poderoso não vá parar no xilindró. O lema colombiano é: "Se colocarem um dedo em Uribe, o país se incendeia". Situação semelhante à da Nicarágua. Pelo estado de efervescência, não é difícil imaginar o que acontecerá na Argentina de Milei e no El Salvador de Bukele.