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Em Pauta

Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

Mário Sérgio Lorenzetto | 03/04/2018 08:15
Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

Esqueça as muitas horas semanais no ginásio fazendo exercícios pesados para conseguir uma melhora. Só quatro ou cinco minutos, uma vez por semana. Menos repetições... a ciência se empenha em dar nos cada vez mais opções que reduzam nossas rotinas de treinamento à mínima expressão. Mas, porque a ciência quer que façamos menos exercícios?
A resposta é simples: quando uma pessoa sedentária ouve que deve passar meia hora por dia fazendo exercícios pesados, sua reação é considerá-los impossíveis. Do outro lado, se propomos segmentar os exercícios em pequenos fragmentos de tempo, essa pessoa muda de opinião, crê que é possível assumi-los.
Através de diferentes pesquisas, a ciência mostrou que em questões de treinamento o que conta é a intensidade e não a duração. E uma vez que não nos resta outra opção se queremos reduzir a deterioração física devido à idade, combater as enfermidades derivadas do sedentarismo ou a obesidade, realizá-los em doses pequenas conseguem uma maior adesão que se propuserem exercícios maratonistas.

Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

Contra o sedentarismo tudo soma.

Temos que entender o conceito de atividade física de uma maneira global. Não se trata de pegar uma pessoa e mandá-la correr por meia hora. É melhor pedir que ela corra por 15 minutos, descanse, e volte a correr outros 15 minutos. E se preferem três corridas de 10 minutos cada, também está perfeito. E isso pode ser feito para comprar o pão ou levar as crianças à escola. No final do dia, tudo soma.
O que realmente importa é tirar os glúteos da cadeira e da cama. Dormimos deitados. Levantamos e tomamos o café, sentados. Entramos no carro e ficamos sentados. Vamos ao escritório e ficamos sentados... o dia todo permanecemos sentados ou deitados. Sabemos que as pessoas que passam muito tempo sentadas têm um perfil cardiovascular e metabólico muito ruim. Bastam breves pausas, pequenos exercícios para resolver essa equação ruim. Um exercício altamente recomendado é olhar no relógio constantemente e levantar-se da cadeira apenas por um minuto e quarenta segundos a cada meia hora.

Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

Só quatro minutos.

A ciência têm várias rotinas para aquelas pessoas que não têm tempo. Outra opção - além do levantar por um minuto e quarenta segundos - é reservar para os exercícios apenas quatro minutos a cada 24 horas. Mais ou menos o tempo que dura sua canção favorita.
Em 1996, uma equipe do Instituto de Fitness e Esportes do Japão, liderados por Izumi Tabata, chegou a uma conclusão que mudaria os desígnios dos treinamentos no novo século: treinar por 60 minutos a uma intensidade moderada têm os mesmos efeitos sobre a capacidade aeróbica que exercitar-se durante 20 segundos, seguidos de outros 10 segundos de recuperação e repetindo essa combinação durante 4 minutos. Esse estudo demonstrou que a capacidade aeróbica melhora, rapidamente, 28%. E assim nasceu o "Tabata", a base teórica do treinamento de alta intensidade com intervalos - HIIT, sua sigla em inglês.

Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

A alternativa dos vinte minutos.

O problema do método idealizado pelos japoneses era, segundo os que o objetavam, que ele só aportava melhorias na saúde e na capacidade aeróbica, mas não não conseguiam um grande consumo calórico. Traduzindo para o português simples: o método Tabata é perfeito para quem não deseja perder peso, mas não atende àqueles que necessitam emagrecer.
Para resolver o problema, cientistas da Universidade de Wisconsin, nos EUA, decidiram juntar quatro tempos de Tabata e um minuto de descanso. Os resultados desse experimento, demonstraram que poderiam ser queimados entre 240 e 360 kcals - segundo o peso de cada pessoa - e o que é melhor: a queima de calorias continua após o exercício.

Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

Uma vez por semana já basta.

A esta coluna o interesse primário é para com os idosos. Se têm mais de 65 anos, dedicar só dois dias por semana ao treinamento de força é suficiente para não perder potência músculo-esquelética, segundo a Academia Norte Americana de Medicina Esportiva. E mais: podem conseguir os mesmos efeitos exercitando-se somente uma vez por semana, concluiu um estudo do Veterans Affairs Medical Center.
Resultados similares foram conseguidos na Universidade de Massachussets com crianças entre 7 a 12 anos: "reduzir à metade o tempo semanal consome menos recursos econômicos e supõe menos tempo, com o que torna mais provável conseguir a adesão dos sujeitos". E os resultados demonstraram que se consegue a mesma hipertonia e desenvolvimento da força muscular do que trabalhando duas vezes por semana", apontam os autores.

Porque a ciência quer que façamos menos exercícios?

China responde aos EUA impondo tarifas a produtos agroalimentares.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que a imposição de tarifas sobre mais de uma centena de produtos norte americanos que a China acaba de anunciar tenha impacto no valor de US$3 bilhões. A soja não foi citada no comunicado da imprensa chinesa, falta alguém que conheça mandarim traduzir a lista.
Com China e Estados Unidos em clima de guerra comercial, Pequim suspendeu os compromissos de eliminação de barreiras assumidos nas reuniões da OMC - Organização Mundial do Comércio, e avançou com tarifas de até 25% sobre uma extensa lista com 128 produtos agrícolas e metalúrgicos dos EUA.
O Ministério do Comércio Chinês em uma nota referiu sobre a necessidade da China adotar medidas de salvaguarda depois da Washington de Trump ter imposto tarifas de 25% sobre impostações de aço e de 10% sobre produtos de alumínio invocando motivos de segurança nacional.
A lista divulgada pelos chineses têm 128 itens, 120 deles são de origem vegetal e animal. A imprensa mundial afirma que frutas frescas, frutos secos, etanol e vinho encabeçam a lista. Estes itens terão taxa de 15%. A carne de porco congelada recebeu tarifa de 25%.
A China era o segundo destino das exportações agroalimentares dos Estados Unidos. Só perdia para o Canadá. O maior recorde ocorreu em 2012, quando os EUA receberam da China quase US$26 bilhões pelas vendas de produtos agrícolas.

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