Trabalhadores perdem 40% de habilidades a cada 3 anos
O discurso de Alain Dehaze, conselheiro da Adecco Group, a maior multinacional de recursos humanos é preocupante e contundente: "Nós trabalhadores perdemos cerca de 40% de nossas habilidades a cada três anos" em consequência da rapidez dos avanços tecnológicos. "Isso quer dizer que em 10 anos estaremos obsoletos" se não atualizarmos os conhecimentos para continuar sendo empregáveis.
Índice de competitividade do talento mundial.
Esse diretor belga lança essa mensagem depois de passar a conhecer o "Índice de competitividade do talento mundial" que é elaborado pela multinacional em que trabalha e seguido por todos os países europeus. O mapa do talento segue sendo encabeçado pelos países europeus com renda mais alta: Suíça, Suécia, Dinamarca, Holanda, Finlândia, Luxemburgo e Noruega só são acompanhados por Cingapura, EUA, Japão, Canadá e Nova Zelândia. O Brasil não existe para esse estudo que dirige boa parte dos investimentos mundiais em indústrias. Todos os anos, esse índice é apresentado com pompa em Davos, onde se reúne a elite econômica mundial.
Os pilares do índice que dirige o dinheiro do mundo.
O Brasil não se destaca em nenhum dos seis grandes pilares que compõem esse índice: retenção dos melhores profissionais, facilidade para que os melhores profissionais alcancem elevadas performances, captação de talentos de outros países, crescimento da economia, habilidades técnicas e conhecimento global.
Economia submersa uma "bomba social".
Dehaze sustenta que os países devam aumentar os salários mínimos, mas que esses reajustes não transcendam as médias mundiais que estão entre 2% a 4%. Também afirma que é fundamental que os trabalhadores saiam da "economia submersa" para que em pouco tempo não se converta em uma bomba social.