Campeões nas urnas: meteóricos e sem herdeiros!
‘FENÔMENOS’: Frutos do carisma, populismo ou demagogia, são os políticos meteóricos, maiores que seus partidos. Ari Artuzzi; era vereador em Dourados, eleito deputado estadual em 2002 com 6.821 votos (PV- PMN). Em 2006 obteve 36.960 votos (4º mais votado), inferior apenas a Reinaldo Azambuja (PSDB), Paulo Duarte (PT) e Londres Machado (PL).
UM ESPANTO: Artuzzi combinava os 3 fatores citados. No 1º mandato foi morar nas ‘Moreninhas’. “Facilita, fica no caminho de Dourados ”, dizia. Dois carros em frente da casa atendia dia/noite a comunidade. Neles, a frase marcante: “Me chama que eu vou” e o número de seu telefone. Resultado: na reeleição (2006) ele obteve 30.130 votos a mais do que os 6.821 em 2002.
ARTUZZI fazia política encarando o eleitor. Ia ao seu encontro. Levava os doentes às unidades de saúde, exigia atendimento e até chamava a polícia se preciso fosse. Em Dourados, um ônibus de Artuzzi levava os parentes e amigos do falecido ao cemitério. Ele ainda providenciava os velórios, levando café, água e lanches. Ora! O eleitor não esquecia esse gesto.
O MÉRITO de Artuzzi era de assumir a identidade, sem subterfúgios, com essa parcela do eleitorado. O slogan ‘me chama que eu vou’ era forte do ponto de vista emocional. Ao contrário de outros políticos após eleitos, Artuzzi continuava com o mesmo estilo. Daí não chegou a prefeitura de Dourados por acaso - mesmo contra grupos tradicionais.
O FINAL: Em 2008 Artuzzi ( 42% dos votos) se elegeu prefeito de Dourados derrotando Murilo Zauith (DEM) apoiado pelo governador Puccinelli (MDB) e Wilson Biazoto (PT) ungido pelo prefeito Laerte Tetila (PT). Vieram as denúncias; sem equipe de gestão perdeu o cargo e morreu em 2013. A exemplo do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) de Campo Grande, também com carreira meteórica, Artuzzi não fez grupo e não deixou sucessores na política.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB); pede prioridade de vacinação aos jornalistas e trabalhadores de atacadistas/supermercados. Procede! Zé Teixeira (DEM): questiona os custos da terceirização da Secretaria de Saúde na distribuição de remédios aos municípios ; pede asfaltamento na MS-156 - Itaporã/Panambi. João Henrique (PL): notifica as prefeituras para envio de lista de vacinados e sugere aos colegas a CPI de vacinação. Lucas de Lima (SOL): pede a reforma/manutenção das pontes de madeira na MS-345 (Bonito/ Águas de Miranda); quer clínicas de estéticas no grupo prioritário de vacina anti-Covid. Lídio Lopes (Patri): Propõe criar o ‘Dia do Delegado de Polícia’; pede viatura e reforma de quartel da PM em Camapuã; declara de utilidade pública a ‘AADCA’ em Eldorado.
DÓRIA DANÇOU! As prévias do PSDB serão no dia 21 de novembro e os critérios defendidos pelo governador paulista rejeitados. Ele queria que o peso dos filiados sem mandato tivesse valor de 50%, pois São Paulo detém maior número de eleitores. Foi decidido: o colégio eleitoral tucano será dividido em 4 grupos iguais, cada um com peso de valor de 25%.
O COLÉGIO definido: Bloco 1: filiados – bloco 2: prefeitos e vices - bloco 3: vereadores, deputados estaduais e distritais - bloco 4: governadores, vices, senadores, deputados federais, presidentes e ex-presidentes da Executiva. Mas o PSDB pode abrir mão da cabeça de chapa presidencial para um candidato do centro com mais chances. O PSDB e suas dubiedades.
DECOLA? As pesquisas mostram as pálidas chances da 3ª. via. João Amoedo, Ciro Gomes, Mandetta e João Dória não conversam entre si favorecendo Bolsonaro e Lula. Há 1/3 do eleitorado que rejeita ambos e que decidirá quem é quem no 2º turno. Covid, economia, apoio de caciques políticos e auxílio emergencial são fatores que não podem ser desprezados.
ENTENDE? Lula é forte, mas seu maior desafio é vencer o antipetismo. Como reverter a predisposição do eleitor de não aceitar Lula e Bolsonaro? Será que PT dos anos 80 - de sindicatos de bancários & metalúrgicos teria identidade com o universo atual de gente vivendo por conta, sem carteira e fora do corporativismo do serviço público? Pelas pesquisas é 1/3 do eleitorado. É o xis da questão.
ENROLADO: O termo define a situação do ex-governador Puccinelli (MDB) com seu nome no noticiário policial. Após o caso escabroso do conselheiro Osmar Jerônimo no Tribunal de Contas, veio a decisão do STJ mantendo Puccinelli na condição de réu no processo do ‘Coffee Break’. Ele que adorava holofotes e microfones, continua na ‘muda’. Tá explicado.
AÇÕES & DEPUTADOS: Neno Razuk (PTB): pede a inclusão dos bancários no grupo prioritário da vacina anti-Covid e a construção de ‘PS’ no Hospital Regional de Ponta Porã. Antônio Vaz (Rep): pede a instalação de Unidade de Saúde em Salobra, distrito de Miranda. Mara Caseiro (PSDB): quer instituir Programa Sinal Vermelho em socorro as mulheres; pede placas de sinalização de ciclistas em trechos da MS-60; pede cessão de motoniveladora para Juti. Marçal Filho (PSDB): quer exclusão parcial de dados pessoais de clientes nas cobranças publicas e privadas. Amarildo Cruz (PT): atento às questões do Covid – pede obediência aos critérios justos da vacinação.
FLAVIO MOURA: O filho do saudoso ex-deputado Cabo Almi, bacharel em Direito e empresário, mantém vivo o seu projeto de tentar uma vaga na Câmara Federal em 2022. Evidente que a perda da referência maior é sentida, mas ele demonstra habilidade em manter e fortalecer as relações que elegeram seu pai em várias eleições. Em frente.
LEI DA IMPROBIDADE: Passaporte para a impunidade? Matéria delicada onde a culpabilidade do agente público dependerá da prova de sua má fé, podendo inclusive penalizar o Ministério Público que fez a denúncia improcedente. A nova lei beneficiará sobretudo os gestores municipais que praticam irregularidades - mais por falta de conhecimento do que por má intenção. Será mesmo?
O ASSUNTO divide políticos, juristas e opinião pública. A lei atual vigora há 29 anos e penaliza culpados e inocentes pela rigidez que não diferencia a má fé da ignorância. Há casos de ex- prefeitos, após anos, responderem por processos e obrigados a devolverem valores consideráveis corrigidos. Hoje, pessoas de bem fogem da política com medo dos problemas na justiça.
DEPUTADOS & AÇÕES: Evander Vendramini (PP): pede conservação/drenagem da rodovia Forte Coimbra/Corumbá; propõe denominar ‘Padre Pasquale Forin’ o trecho entre a BR 262 e o distrito de Albuquerque. Capitão Contar (PSL): relator da CPI da Energisa elogia decisão do TJMS sobre aferição de relógios; pede inclusão do comercio de alimentos no rol das atividades essenciais nesta pandemia. José C. Barbosa (DEM): elogia o início da 2ª. fase de obras do Hospital Regional de Dourados; pede a construção de duas pontes de concreto nos rio Pardo e Ribeirão das Botas, em Ribas do Rio Pardo. Gerson Claro (PP):com equilíbrio preside a Comissão de C. Justiça e Redação; comemora o lançamento de obras rodoviárias nas regiões que representa.
‘1-POLE POSITION’: Com 10,05% das intenções de votos em 2.000 consultas em 20 cidades do MS, a ministra Tereza Cristina (DEM) lidera a pesquisa ao Senado, seguida por Reinaldo Azambuja (PSDB) com 7,20% e Simone Tebet (MDB) com 6,15%. Pesquisa realizada entre os dias 9 e 12 de junho, pelo Ranking Pesquisa.
2-POLE POSITION: Para a presidência da República, na mesma pesquisa, Bolsonaro lidera com 25,50%, Lula - 20,45%; João Dória - 3,20%; Mandetta - 2,75%; Ciro Gomes 2,45%; Sergio Moro 2,25%; Luciano Huck – 1,75%; Michel Temer – 1,55%; Amoedo - 1,10%; Eduardo Leite - 1,00%; Boulos - 0,50%. Brancos, nulos, indecisos, não responderam 37,50%.
UMA FESTA! Com o fim do Big Brother a CPI do Covid é a nova atração na mídia. Esqueçam os escândalos dele. Afinal, “inimigo de meu inimigo é meu amigo”. O senador Renan Calheiros, de execrado pela esquerda, agora reina absoluto debaixo dos holofotes. É a figura emblemática da desesperança da melhora da política.
‘LOCKDOWN’: Eleita a palavra de 2020, ela atemoriza a humanidade. Campo Grande vive hoje esse drama que tem provocado discussões em todos os níveis de governo. A mídia tem mostrado a situação hospitalar e suas consequências doloridas e mortais que atingem a todos, independentemente de nível social. Preocupante! Tempos difíceis.