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Manoel Afonso

Reinaldo Azambuja já afina a viola para 2022

Manoel Afonso | 22/01/2021 08:36

RESSACA ELEITORAL:  O ideal nas cidades interioranas é que entre os perdedores esse ressentimento acabe logo e que entre vencedores não haja o orgulho exagerado que  atrapalhe as relações humanas. A tendência é que a sensação de fragilidade gerada pela pandemia ajude a semear a concórdia entre os adversários. Afinal, conviver é preciso.

ARQUIVO: No passado as manifestações pela vitória iam meses a fio alimentando a rivalidade entre os grupos políticos. Em Cassilândia  correligionário  foi encarregado para diariamente, ao meio dia, disparar um rojão de vara como lembrete da vitória aos adversários. A cidade até suspirava esperando o estrondo. Tortura para os derrotados.

EXPECTATIVA: As obras resultantes dos R$ 4 bilhões da Secretaria de Infraestrutura representam parte do projeto eleitoral do Governo para 2022.. A pasta dará visibilidade e cacife político. Fala-se em Eduardo Ridel, Roberto Hashioka e Marcelo Miglioli para o cargo. O nome só sairá na volta das férias do governador Reinaldo em fevereiro.

PODEROSA:  Ágil, de bons princípios políticos, com bom trânsito entre os colegas de parlamento e na mídia, a deputada Mara Caseiro deve ser o nome para o cargo de líder do Governo  na Assembleia Legislativa.  O governador Reinaldo gosta da postura dela, atenta e dedicada nas missões que lhe foram confiadas até aqui. Sinal verde!

‘SUPERMAN?’: Nos discursos da Casa Branca afloraram a simbologia e a retórica sensível de valores democráticos, cristãos. Mas a trajetória ianque não é bem assim. De início invadiram e tomaram boa parte do México, insuflam guerras, rebeliões e só querem levar vantagens. Lembrando Raul Seixas: “Durango Kid só existe no gibi...!

JOE BIDEN:  de todo discurso do presidente que li e reli com muita calma  destaco  o seguinte trecho: “ A política não precisa ser um incêndio devastador que destrói tudo em seu caminho. Cada discordância não precisa ser motivo para uma guerra total...( - ) Mas me ouçam claramente: as divergências não devem levar à desunião.”

ZEBRA: Como Michel (Al Pacino) substituiu Don Vito Corleone (Marlon Brando) em ‘Poderoso Chefão’, o deputado Jamilson  Nime por decisão da justiça, acabou  virando réu ao assumir os negócios da sua família . A opinião pública é menos técnica e letrada, mas é muito intuitiva para decifrar as atividades e os personagens da Operação Ormetá.

TORNOZELEIRA: Usá-la ou não usá-la – essa é a questão! Já se comenta que a exemplo do que ocorreu pela decisão do TRF-1 - no caso do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD-MT), beneficiando  o então senador Aécio Neves (PSDB), a Assembleia Legislativa poderá dispensar Jamilson de usar o  estigmatizado acessório.

GOLPE: Há pouco o WhatsApp alterou os termos de uso com os dados pessoais sendo compartilhado com o Facebook e Instagran. Vendem o nosso perfil, inclusive politico para influenciar eleições. O nosso Congresso precisa votar logo a Lei Geral de Proteção  de Dados, seguindo por exemplo a postura inteligente do  Congresso norte americano.

DUVIDA? Compre algo e virá um porre de ofertas. Acesse livro, vídeo; dê seu telefone à loja na hora da compra e cairá nas redes.  Nada é coincidência! Os pontos das redes se conectam descobrindo tudo de você: dados pessoais, desejos, ideologia e vaidades.  O desafio é conviver harmonicamente com a internet mesmo sabendo que é vigiado.

CELULAR: Definido por alguns como a nova coleira eletrônica, muleta da solidão,  amigo ou inimigo. Bin Laden só foi localizado e morto ao usar o celular.  Lembrando que somos reféns do celular;  essa obsessão pelo seu uso até em situações de alto risco -  como ao volante de veículos - tem provocado tragédias. A mídia tem mostrado isso.

EXAGEROS: Buscam sinais de racismo em tudo. Querem mudar o trecho - “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”  - do Hino Gaúcho ‘por entender’ que o povo negro não teria virtude. Mas lembra o jornalista David Coimbra que o termo ‘escravo’ refere-se a  antiga discriminação do Rio Grande junto ao Governo Central . Apenas isso.

SALIM MATTAR:  “ (-) temos um Estado lento...a carga tributária pulou de 23% para 34% do PIB desde que os social-democratas assumiram o poder em 1985..levantamento constatou 698 empresas públicas entre as de controle direto, subsidiárias, coligadas e investidas... o modelo social democrata que aí está é exatamente o grande problema ...”

ZÉ DIRCEU: Num texto recente ele defende a manutenção das estatais ( cabides dos companheiros) e se posta contra política liberal (iniciativa privada). É a ladainha da esquerda ‘protetora dos interesses nacionais’.  Devido ao desgaste e desunião dos partidos de esquerda o ex-ministro prega a derrubada de Bolsonaro antes de 2022.

ANOTE: A ciência diz; para chegar à imunidade é preciso vacinar 70% do ‘rebanho’ (140 milhões de brasileiros até setembro). Até lá há duas opções: lavar as mãos, usar mascaras, manter distancia ou simplesmente desobedecer as regras  para lotar as UTIs e cemitérios. A covid é democrática, não discrimina ninguém: mata todos igualmente.

VACINA:  É cedo para dizer quais políticos levarão vantagem  e em que proporção. Prematuro também identificar os eventuais prejudicados. As eleições estão distantes e  o cenário sujeito a mudanças por fatores diversos. Dois deles: o esperado êxito da vacina a médio e longo prazo e as eleições para Câmara e Senado em fevereiro. Entendeu?

ATUALÍSSIMA: “É divertidíssima a esquizofrenia dos nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel, mas adoram 3 coisas que só o capitalismo sabe dar: bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca Cola.” (Roberto Campos)

METAMORFOSE: Pelos preços atraentes, está consolidada  aqui na capital  a era dos’ aplicativos’ no transporte urbano, sepultando o monopólio (máfia) de taxis que imperou por décadas. Valia milhões, por exemplo, a licença de um taxi no aeroporto. Os velhos esquemas (‘reserva de mercado’) sucumbindo às exigências do consumidor. Aleluia!

‘INVISÍVEIS’: Os novos vereadores da capital terão que usar as mídias sociais para ganhar visibilidade  pública - sob pena de continuarem despercebidos e desconhecidos. É importante aos estreantes  a popularização da imagem porque durante a campanha eleitoral eles foram obrigados ao uso de máscaras. Complicado a situação deles.

E AGORA?  O Financial Times mostra que 50% das enfermeiras, ¼ dos médicos, 35% dos alemães, 60% dos franceses, além de 76% dos funcionários dos seus asilos declararam que não irão se vacinar.  Para o ex-ministro Delfim Neto é preciso vencer esse desafio junto a nossa população e pasmem também entre os profissionais da saúde.


A democracia neste país é relativa, mas a corrupção é absoluta. (Paulo Brossard)



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