Senado: sai Simone, entra Tereza Cristina?
INCÓGNITA: As eleições locais de 2022 dependerão do quadro nacional. Em 2018 houve o desalinhamento partidário – pois antes o presidente era eleito basicamente na disputa bipartidária entre PT e PSDB. Agora não se sabe qual o rumo de siglas fortes como o DEM, PP e MDB. A decisão delas mudará as pedras nos tabuleiros estaduais.
REFLEXOS: Se o DEM, por exemplo, não caminhar com Bolsonaro, como ficaria a ministra Tereza Cristina? Sua candidatura ao Senado correria risco? Ela buscaria outro partido? O MDB gostaria de lança-la ao Senado - porque Simone Tebet – senadora do partido – está em baixa na cúpula e nas bases eleitorais. Sua tentativa de reeleição seria de altíssimo risco e a opção dela seria tentar a Câmara Federal.
SEM PODER: Desde que Wilson Martins venceu o pleito de 1982 o MDB usufrui das benesses do poder para disputar eleições. Em 1.996 Pucinelli se elegeu prefeito da capital e a ‘festa’ continuou em alta voltagem. Hoje o partido também envelhecido tem dificuldades para enfrentar adversários ungidos pela máquina oficial. O discurso pela democracia se esvaiu com tanta corrupção envolvendo gente do partido.
O RETORNO: Surpreendendo os observadores a notícia interessante da semana é a saída de Carlos Marum do Conselho da Itaipu Binacional. O ex-ministro deve ter planos para disputar a Câmara Federal pelo MDB. No caso disputaria votos na mesma faixa do eleitorado do ex-senador Moka (MDB) também candidato. Ambos profissionais.
DEPUTADOS & AÇÕES; Paulo Corrêa (PSDB): Ágil e democrático mantém o bom nível dos trabalhos da Casa em plena pandemia. Zé Teixeira (DEM); zeloso secretário é co-responsável pelo funcionamento da AL. Lucas de Lima (SOL): quer a inclusão dos jornalistas no grupo dos prioritários da vacina contra o Covid.; propõe a criação de delegacia virtual de proteção aos animais. Cabo Almi (PT) quer: 13º antecipado dos funcionários públicos de MS, a volta do Programa Nacional de Alimentação; repudia aumento da tarifa energética.
RUBEM ALVES: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. ( ) Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...”
SAIONARÁ: Armando Tibana, Celso Yanase, Edson Shimabukuro. Testuo Arashiro, Wilson Oshiro e Paulo Yonamine já representaram a colônia nipônica (70 mil pessoas) na Câmara Municipal de Campo Grande. Os 3 últimos numa única legislatura. Em 2020 foram13 candidatos sem sucesso, perdendo espaço para setores como dos evangélicos.
RETROVISOR: O último representante dos nipônicos no legislativo da capital foi Edson Shimabukuro (PTB). Em 2020 o médico Marcus Tiguman (Pode) foi o melhor da colônia; obteve 1609 votos, em 62º lugar. Lembro: Odilon Nakasato (MDB/1978) se elegeu deputado estadual para a Assembleia Constituinte.
SUCESSO no facebook o vídeo com discursos folclóricos da ex-presidente Dilma (PT). Daquele que ‘estocava o vento’; da saudação a mandioca; do plano para ‘dobrar a meta’; da descoberta sobre a saída sem volta da pasta de dentes do tubo; da vinda das pessoas do nordeste ‘para o Brasil’; da sua análise sobre o Papa Francisco, ‘um papa muito normal’; da sua justificativa: “gente, eu engasguei comigo “mesma” .
AÇÕES & DEPUTADOS: Marçal Filho (PSDB): alerta que a reforma do ginásio em Dourados depende de projeto da prefeitura; anuncia visita às famílias beneficiadas pelo programa social serão visitadas. Lidio Lopes (Patri): autor de emenda ao projeto do Programa Mais Social aumentando para R$250,00 o valor do auxílio emergencial. Mara Caseiro (PSDB): pede ambulância para Iguatemi;: reforma de 4 escolas de cidades do interior; requer ajuda para recuperar estradas vicinais de Figueirão. Neno Razuk (PTB): insiste no uso do sistema M-chat na identificação do autismo infantil;
BOIADA: “Nos meios políticos, há quem diga que a “vitimização” poderá se tornar o carro-chefe de pretensos candidatos às eleições de 2021. Depois que o ex-presidente Lula foi beneficiado com decisões da Justiça, que anularam suas condenações, foi como se fosse aberta a porteira e ocorresse o estouro da boiada de muitos inocentes e perseguidos, todos se dizendo acima de qualquer suspeita. Portanto...” (Ester Figueiredo na coluna Diálogo – Correio do Estado)
SERGIO ASSIS: Ex-deputado estadual derreteu. Em 2015 foi notícia acusado de ter feito ‘programa’ com adolescente de esquema de exploração sexual. ‘Sem graça’, foi depor na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Não sei que fim levou o caso e nem a justificativa dele (Sergio) em casa, mas ele não se livrou do eterno estigma. Azar dele! Os políticos não usufruem do benefício da dúvida.
O PRINCÍPIO jurídico “in dubio pro reo” que beneficia acusados no dia a dia não atinge os políticos . Simples a razão. Eles se elegem graças a uma áurea de honestidade e ética através de promessas. Isso naturalmente aumenta a expectativa do eleitor. Após, a decepção é proporcional a confiança depositada pelo voto. Não podia ser diferente.
O AVISO é antigo: na política vale a versão do fato e não o fato em si. O homem público deve se conscientizar que os seus atos são vistos com outros olhos Apenas um deslize, vira manchete e a sociedade reage. Suspeito, tem de comprovar sua inocência. Às vezes mesmo absolvido na justiça, é condenado pela opinião pública. E na política vale o que o povo pensa e julga.
O LEMBRETE de que ‘os políticos precisam conversar mais com os eleitores e menos entre eles – procede! Daí que alguns políticos fingem ignorar a opinião das pessoas que vivem fora do ‘círculo mágico’ e querem a todo custo voltar ao ‘palco’ em 2022. Neste caso cai bem aquela velha frase: “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.
DEPUTADOS & AÇÕES: Capitão Contar (PSL): Vigilante, enviou ofício ao MPE e à Prefeitura da capital pedindo melhora no atendimento aos pacientes do Covid. Evander Vendramini (PP): denuncia o serviço ruim de telefonia em Corumbá e região ; pede reparos nos equipamentos do Hemocentro de Naviraí. Gerson Claro (PP) recuperando-se da Covid, preside os trabalhos da CCJR; (PP); José C. Barbosa (DEM) quer inclusão de várias categorias nos grupos prioritários de vacinação; criação do plantão informativo da saúde dos pacientes com Covid. – João Henrique (PL); seu projeto regulamenta venda de produtos de conveniência nas farmácias e drogarias; tramitam duas propostas dele: sobre imunização do Covid e uso de fogos de artifício
EM ALTA: Os números positivos divulgados inclusive na mídia nacional sobre os resultados do combate ao Covid em Campo Grande e no Estado, colocam o prefeito Marcos Trad (PSD) e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em evidência e se fortalecendo politicamente. Também o Secretário Geraldo Resende é merecedor de elogios pelo trabalho que realiza e que também será recompensado politicamente.
EM BRASÍLIA: No PDT, Carlos Marum queria mudanças no mando do partido aqui no Estado. Após ouvir seus argumentos, o ex-governador Brizolla ponderou: “Você quer renovar, mas não vejo razões para isso. O PDT acaba de eleger o vice governador ( Moacir Khol) e vários deputados”. Marum acusou o golpe e se calou. O relator do episódio é o ex-deputado estadual Luiz Tenório (Cassilândia).
PÍLULAS DIGITAIS:
O diabo é um otimista, se acha que pode tornar as pessoas piores do que já são. (Karl Kraus)
A política é um jogo de aparências, de consequências concretas. (Sergio Abranches)
A verdade em que você acredita determina seu caráter. (Arnaldo Jabur)
O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las. ( Mario S. Cortella)
Quantas coisas perdemos por medo de perder. ( Paulo Coelho)
A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar. (Rubem Alves)
Estamos gritando desesperadamente para sermos observados, nos sentimos muito solitários...( Leandro Karnal)
A felicidade vai ficando cada vez mais dura perto do topo. ( Frederico Nietzsche)
Viagra. Fez mais pela humanidade do que 200 anos de marxismo ( Luiz F. Pondé)
O capitalismo vende produtos não porque vende produtos, mas porque vende ilusões. ( Viviane Mosé-filósofa)