As dores dos pacientes oncológicos
Resolvi iniciar o ano de 2025 falando dos pacientes oncológicos e suas dores.
E assim começo: quantos de vocês, caros leitores, conhecem alguém próximo com câncer? Quantos de vocês conhecem alguém que faleceu em decorrência dessa infeliz doença?
Creio que a resposta seja unânime.
O tratamento contra o câncer pode ser uma jornada difícil e cheia de desafios. Entre os principais obstáculos que os pacientes oncológicos enfrentam, as dores estão entre as mais comuns e intensas. Essas dores podem ser causadas pela própria doença ou pelos tratamentos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgias.
No Brasil, o câncer mais comum é o de pela não melanoma, que inclui tipos como carcinoma vaso celular e o espinocelular. Além desse tipo de câncer, outros bastante comuns, são: câncer de mama (mais comum entre as mulheres), câncer de próstata (mais comum entre homens acima de 50 anos), câncer colorretal (comum tanto em mulheres quanto homens).
Pois bem.
Sobre as dores físicas, diga-se que quando está em um estágio avançado, pode afetar diferentes partes do corpo, pressionando ossos, nervos e órgãos, o que pode gerar dores constantes ou intermitentes. Em alguns casos, os tumores podem invadir estruturas sensíveis, como a medula espinhal, causando dores intensas e dificuldades de movimento. Em outros casos, o tratamento pode resultar em efeitos colaterais dolorosos, como lesões nos tecidos, inflamação e danos nos nervos.
Mais horríveis do que as dores físicas, são, obviamente, as dores emocionais trazidas pelo diagnóstico, sim. Mas trazidas, principalmente pelo olhar de uma sociedade que insiste em marginalizar o paciente com câncer, seja com olhares de dó e pena, seja com atitudes discriminantes e incapacitantes.
O paciente com câncer não dorme só. O paciente com câncer não é inválido. O paciente com câncer é apenas um paciente. O paciente com câncer pode ser você, amanhã. Seja justo e gentil.
Sejamos acolhedores, sobretudo no tocante ao direito à vida, a dignidade e ao acesso aos melhores tratamentos.
Por hoje, é só. Fiquem sob a proteção de Deus.
(*) Anaísa Banhara - Líder e idealizadora da Comunidade “Tudo para Raros”, Anaísa Maria Gimenes Banhara dos Santos, 34 anos, é advogada e proprietária do escritório Banhara Advocacia em Campo Grande, MS, especializado em demandas de saúde contra planos de saúde e o SUS. Com inscrição na OAB/MS e suplementares na OAB/DF e OAB/SP, é especialista em acesso à saúde e pioneira em tutelas de urgência para medicamentos de alto custo como Voxzogo e Zolgensma. Atua também na concessão de tratamentos oncológicos avançados e é ativista na causa. Membro de diversas comissões da OAB e ABA, é palestrante, colunista, professora universitária e foi assessora jurídica no Ministério Público Estadual por mais de dez anos. Graduada em Direito pela UCDB, possui MBA em Direito da Saúde e Compliance Hospitalar. Fluente em português, inglês e espanhol, domina o pacote Office e Internet.
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