Aposentada até tenta, mas não consegue reaver valor dos ingressos de show adiado
O evento estava marcado para março, mas teve de ser adiado para agosto como medida de prevenção contra o coronavírus
A assistente social aposentada Miriam Cristina Maroquio Xavier, de 57 anos, até tentou, mas até agora não conseguiu reaver os R$ 280 que gastou na compra de ingressos para o show do cantor Gusttavo Lima.
O evento estava marcado para março, mas teve de ser adiado para agosto como medida de prevenção contra o coronavírus. Sem saber se ele vai ocorrer ou não ela quer o dinheiro de volta para fazer tratamentos de saúde.
“Liguei mais de uma vez. Me disseram que não adiantaria só preencher formulário teria que resolver pessoalmente”. O problema é que logo no início da pandemia a maioria dos locais estava fechado para evitar aglomerações e até hoje ela não consegue resolver a questão.
Miriam afirma ter ouvido que se tivesse feito o pagamento pelo cartão de crédito seria mais fácil. “Mas olha quantos meses já foram”, questiona. Segundo ela, este valor faz muita diferença para quem faz tratamentos de saúde como é o caso dela.
“Não há nada para se fazer enquanto não terminar a pandemia ? E se terminar daqui a dois anos eu vou ficar com ingresso parado, com dinheiro não ressarcido? “.
A assistente social diz ter ligado para os números de contato informados e procurado também o ponto de vendas onde comprou os ingressos. Ela não teve sucesso em nenhuma das tentativas.
Com problemas em uma das pernas em decorrência de um diagnóstico de febre do chikungunya, a assistente social faz tratamentos para sentir alívio das dores. É por esse motivo, segundo ela, que qualquer valor é considerado essencial.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a produção do evento para ter detalhes sobre quais procedimentos são adotados nestes casos.
Em nota, a Dut´s Entretenimento ressaltou que o evento foi adiado e não cancelado. Mesmo assim, eles abriram a possibilidade de devolução dos valores. “A Dut´s comunicou aos seus clientes que atenderia o pedido de devolução de ingressos, tanto via o Aplicativo Balada APP, como presencialmente em seu quiosque no Shopping Campo Grande, nesta capital. Fato este que aconteceu por vários dias e diversas devoluções aconteceram”, informaram.
Ainda segundo a nota, “com base em Medida Provisória e Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre MPF e Associação Brasileira de Produtores de Eventos, a Dut’s não é obrigada a reembolsar os valores se o evento for realizado no prazo de 12 meses, contados do encerramento do estado de calamidade pública”. Como o show não foi cancelado, esta regra está valendo.
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(*) Matéria editada às 17h43 para acréscimo da resposta da empresa.