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Direto das Ruas

Dona de imóvel chama inquilina de "macaca, carnicenta e fedida"

As mensagens foram enviadas à vítima no último sábado, depois dela ter saído da casa

Por Viviane Oliveira | 18/06/2024 08:11


A assistente de restaurante Tawane Cristini Santos de Andrade, de 29 anos, denunciou Joice Aparecida dos Santos da Cruz, de 70 anos, dona da casa que alugava, após ser chamada de  “macaca, carnicenta e fedida…” em Campo Grande. Toda a conversa ficou registrada em áudios de mensagem de WhatsApp. Ouça acima.

As mensagens foram enviadas à Tawane no sábado (15), depois de ela ter se mudado do imóvel. O caso foi registrado como injúria qualificada pela raça, cor, etnia ou origem na delegacia nesta segunda-feira (17).

Segundo Tawane, as ofensas foram motivadas em razão de um desentendimento referente à desocupação do imóvel que ela alugava. Ao ouvir as mensagens, a vítima relata que se sentiu péssima. “Ninguém está preparado para o racismo, mas infelizmente acontece. Conversei com o meu esposo e ontem à noite fui atrás dos meus direitos”, disse.

Procurada, Joice admite as ofensas e acusa a inquilina de ter saído da casa e ter deixado o imóvel quebrado, cheio de lixo, com coisas estragadas e o quintal sujo. “Ela destruiu tudo, deixou a casa cheia de lixo e foi embora. Não posso limpar, tenho 70 anos. Tenho problemas de saúde e estou acamada”, lamentou.

Tawane disse que tenta contato com Joice para fazer os reparos na residência, mas a dona não a escuta. “Ela só xinga, xinga, xinga. Macaca pra lá, macaca pra cá”, lamentou. Em 2023, o crime de injúria racial foi equiparado a racismo. Com a aprovação da lei, a pena para quem o comete pode chegar de 2 a 5 anos de prisão.

Segundo a legislação, deve ser considerada como discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência.

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