Fofos e famintos, macacos e quatis visitam casa no Maria Aparecida Pedrossian
Moradores têm convivido com os animais há anos na região, já que estão próximos de reserva ecológica
Um macaco-prego e vários quatis fofos e famintos visitaram a casa de Silvalina Ribeiro em busca de comida, neste sábado (15). O endereço dela fica aos fundos do condomínio Dahma e próximo à reserva ecológica do Bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande.
A moradora adora ver a ousadia dos bichos pegando fruta do pé, o alpiste que ela deixa para os passarinhos e qualquer coisa que estiver dando sopa em cima da mesa da varanda.
No vídeo acima, o macaco aparece pegando uma goiaba e também "limpando" o prato deixado para os pássaros.
Sobre os quais, Silvalina conta que entram na casa dela e na dos vizinhos, principalmente à tarde. O problema tem sido lidar com eles vasculhando as lixeiras em busca de alimento. "O ideal é a gente colocar no horário que o caminhão de lixo vai passar, mas quem sai para trabalhar cedo não tem opção. Precisa colocar a sacola para fora e ela fica lá", diz.
Com fome - A mulher mora no mesmo endereço há 30 anos e já está acostumada com a presença dos animais ali. Ela não se incomoda, mas precisa ficar atenta para eles não entrarem na cozinha.
Uma vez, um macaquinho quase atacou um bolo que estava esfriando em cima do fogão. "Estava no sofá e tive que sair correndo", conta.
Ela acredita que, quando estão com fome, os bichos preferem casas com quintal frutífero igual ao dela. "Aqui tem cana, goiaba e é bastante arborizado", fala.
Orientações - A situação não é nova na região, lembra a biológa Helen Rezende de Figueiredo, de Campo Grande. "Ocorre por causa da expansão urbana e, agora, por causa do tempo seco. Os alimentos na área de mata podem estar menos disponíveis, daí eles saem em busca de comida nas casas", explica.
Helen orienta os moradores a não tentar pegar os animais e não oferecer alimentos industrializados. "É proibido alimentar animais silvestres. Eles podem comer, sim, desde que seja frutas de árvores do quintal", diz.
A PMA (Polícia Militar Ambiental) confirma que o aparecimento é comum e que há até uma passarela para os macacos utilizarem no bairro. A recomendação de não dar comida e não se aproximar dos bichos, que vale para o contato com qualquer animal silvestre, é reforçada.
"Eles podem ser assustar, podem ficar arredio, podem estar com algum filhote próximo e acabar mordendo, arranhando a pessoa. São animais silvestres, não são vacinados", exemplifica, por meio da assessoria.
Quanto às lixeiras, a dica da PMA é os moradores colocarem tampas pesadas, tanto nas externas quanto externas, que os bichos não consigam abrir.
"Nós precisamos aprender a ter convivência saudável com esses animais porque, na verdade, nós estamos invadindo os espaços", finaliza a PMA.
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