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Direto das Ruas

Hospital retém maca de ambulâncias e mãe precisa pagar para internar filha

Auxiliar administrativo conta que precisou de serviço de aplicativo para garantir vaga

Gabriel Neris | 14/06/2021 11:56
Entrada da Santa Casa de Campo Grande, onde macas de ambulâncias estariam presas (Foto: Marcos Maluf)
Entrada da Santa Casa de Campo Grande, onde macas de ambulâncias estariam presas (Foto: Marcos Maluf)

Auxiliar administrativo, de 27 anos, que tem medo de se identificar, precisou pagar transporte de aplicativo para levar a filha do UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário até o Hospital Regional e assim garantir uma vaga disponível para internação.

Menina, de 3 anos, conseguiu vaga no Hospital Regional (Foto: Direto das Ruas)
Menina, de 3 anos, conseguiu vaga no Hospital Regional (Foto: Direto das Ruas)

A filha dela, de 3 anos, apresenta sintomas de covid. A vaga foi aberta ainda no domingo (14), mas ao acionar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), recebeu a informação de que não havia macas disponíveis para transferência e as viaturas estavam na Santa Casa aguardando a devolução.

A mãe, moradora do Jardim São Conrado, na Capital, conseguiu levar a filha ao hospital na manhã desta segunda-feira. Segundo ela, os médicos afirmaram que o estado da menina era grave.

“O próprio Samu avisou que não tinha maca, que os carros estavam presos na Santa Casa e não conseguia transferir”, reclama.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), quando não há ambulâncias disponíveis é comum que pacientes regulados sejam autorizados a ser transferidos por meios próprios de transporte, desde que tenham condições, como foi o caso da criança de três anos.

Segundo a pasta informou a menina estava com quadro estável, ou seja, o estado de saúde não era grave, por isso "o médico colocou na ficha que havia critérios para liberar por meios próprios. Ela estava estável. Saturando bem sem uso de oxigênio", disse em nota.

Ao Campo Grande News a Santa Casa informou que tem recebido muitos pacientes pela Sesau nos últimos dias, principalmente na área verde do pronto socorro e isso resulta na superlotação e falta de leitos, por isso quem chega precisa ficar nas macas.

O hospital afirma que na área vermelha tem seis leitos contratados, mas recebe sempre pacientes a mais, já na área verde são sete leitos e recebe no mínimo 20 pacientes.

 A reportagem também contatou o Samu sobre a situação, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.

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* Matéria editada às 14h17 para acréscimo de resposta. 

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