Já difícil, hemodiálise vira tormento em clínica sem ar-condicionado há 2 meses

Renais crônicos dependem da hemodiálise para sobreviver e o procedimento não é fácil. Pode causar queda de pressão arterial e dores. Além disso, obriga a ficar cerca de quatro horas sentado sem se levantar, até que o processo termine. Mas tem gente que ainda amarga sofrimento extra por conta do calor.

A funcionária pública Elisângela da Silva, que é mãe de homem de 32 anos com insuficiência renal, reclamou para o Direto das Ruas que a clínica onde o filho faz hemodiálise, em Campo Grande, não conserta os aparelhos de ar-condicionado há dois meses.

"Já é debilitante e, com esse calor, ele sai mais debilitado ainda e com a roupa toda suada. O problema começou no auge do calor aqui em Campo Grande e estamos indignados porque a clínica não resolveu até agora", afirma.

O nome do estabelecimento é DaVita Pantanal. O paciente que reclamou faz três sessões por semana pelo plano de saúde e, segundo a mãe, em horários em que a clínica está lotada. "Hoje, ele até adiantou o horário porque não estava aguentando", conta.

Ainda de acordo com o relato de Elisângela, funcionária do local explicou que seria necessário acionar uma empresa para consertar os aparelhos. "Mas está demorando muito", diz.

O que diz a clínica - À reportagem, a DaVita informou que está em andamento a instalação de 12 equipamentos novos de ar-condicionado na unidade "adquiridos em caráter emergencial".

"A aquisição ocorreu após tentativas de reparo do sistema interno de ar-condicionado, frustradas pela falta de assistência qualificada na região. A instalação de todos os equipamentos deve ser finalizada até sábado (27)", concluiu.

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