Leitor caí em golpe e por 2 anos recebe multas por carro que não sabe onde está
Além disto, dinheiro cobrado pelo veículo nunca foi pago
Em 2019, Flávio Salomão Candia, de 55 anos, precisava vender sua S10, modelo 2006, porque mesmo parado, o carro só gerava dívidas. Para sua surpresa, um senhor apareceu em sua casa, no Bairro Monte Castelo, com um oferta para o veículo. "Eu não tinha anunciado o carro em lugar nenhum, só deixava ele na frente de casa. Um dia ele apareceu, aparentava ter 60 anos, dizia que era pintor, falou que o carro era bom para o serviço dele e perguntou se eu não queria vender. Dei um prazo de 60 dias para pagar porque ele disse não estar bem financeiramente e foi aí que começou toda essa dor de cabeça".
O caso serve de alerta. O que parecia ser o negócio certo na hora certa virou uma confusão: o senhor levou o carro e, dois anos depois, Flávio ainda não viu um real sequer dos R$ 26 mil cobrados, além de receber todas as multas e boletos de IPVA.
"Nós combinamos o prazo de 60 dias pra ele me pagar, mas eu segurei os documentos do carro, deixei claro que só entregaria depois de quitado. Ele pegou o carro e sumiu, um tempo depois eu fui até a casa dele procurá-lo; o filho me disse que ele e a mulher tinham se separado e o garoto não quis me dizer onde ele tava. Até sair rodando pelos bairros da cidade pra ver se acho o carro eu já fiz", relatou o engenheiro.
Devido os documentos ainda estarem no nome de Flávio, por dois anos ele tem recebido multas e cobranças de IPVA por um veículo que nem sabe onde está. "O IPVA do ano passado eu fui obrigado a pagar, mas o deste eu não consegui. Nunca vi nada do dinheiro, ele não pagou absolutamente nada e sumiu", conta ele indignado.
Ao tentar a situação para as autoridades, Flávio encontrou mais empecilhos. "A Polícia Civil me disse que, porque nós tínhamos um contrato, ele prevalecia; não entenderam que eu fui induzido há um erro. Chegou num ponto que nem eu mais posso pegar o carro, tem que ser um oficial de justiça. Eu não posso mais pegar o que é meu", lamentou.
Sem muita perspectiva de solucionar o caso, o engenheiro ainda se choca com as atitudes de quem lhe aplicou um golpe. "Penso que foi algo muito bem preparado. E me espanta o fato dele estar rodando sem documento a dois anos e ainda não ter caído numa blitz, porque se ele fosse pego pelo menos eu saberia onde é que esse carro está", finalizou.
Direto das Ruas – A informação chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.
Clique aqui e envie agora uma sugestão.
Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos devem ser feitos com o celular na posição horizontal.