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Direto das Ruas

Mãe está com filha há 2 meses internada em SP sem dinheiro para voltar à Capital

Criança está internada na Capital Paulista, e mãe alega falta de assistência da secretária de saúde de MS

Idaicy Solano | 03/11/2022 14:05
Maria Izadora recebeu alta, mas não tem como voltar para Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)
Maria Izadora recebeu alta, mas não tem como voltar para Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)

Angustiada, Delize de Oliveira de Campos entrou em contato com o Campo Grande News, por meio do Direto das Ruas, para pedir ajuda para voltar para casa com a filha de 10 anos, Maria Izadora Mergareno, que está internada em um hospital na cidade de São Paulo há dois meses.

Maria Izadora é diagnosticada com hepatite hepática autoimune e foi transferida pela UTI área dos bombeiros, entre a vida e a morte, do Hospital Universitário, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para o Hospital das Clínicas, na Capital de São Paulo, em agosto de 2022. Após 15 dias internada na UTI pediátrica, Maria começou a apresentar melhoras no quadro de saúde e recebeu alta, podendo retornar com a mãe para Campo Grande.

Sem condições de pagar pelo transporte da filha, que faz uso de oxigênio por causa das sequelas da doença, Delize se viu abandonada na Capital Paulista, sem assistência alguma. "Se não conseguirmos nossa ida para Campo Grande, o hospital vai nos mandar para uma casa de apoio e ficar lá até alguém nos ajudar”, relata.

Maria continua internada na enfermaria do hospital, aguardando para ser transferida de volta para Campo Grande. Por conta do quadro de saúde da paciente, a viagem de volta para casa é delicada. “Por causa do oxigênio ela só pode ir de avião entubada como ela veio, e teria que internar no hospital aí em Campo Grande até estabilizar da viagem e poder ir para casa”, explica a mãe.

Delize relata estar passando dias difíceis no hospital. Além da incerteza a respeito do futuro dela e da filha, a dona de casa conta sobre os seus outros quatro filhos que deixou em Campo Grande para acompanhar Maria. O mais velho, adolescente de 14 anos, tem autismo e é cadeirante, e está sob os cuidados da avó. “Não posso morar numa casa de apoio, largando meus outros filhos. Todos os dias choro, durmo numa cadeira há 2 meses, estou sem coluna, sem emocional, só quero ir embora”, desabafa.

A reportagem entrou em contato com a SES (Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul) que por nota informou que tomou conhecimento sobre o caso e que está fazendo tratativas junto ao Hospital de São Paulo para verificar a real situação da paciente e para tomar as devidas providências.

(*) Matéria editada às 16h32 para acrescentar resposta da SES.

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