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Direto das Ruas

Mãe procura a polícia dizendo que filha apanhou dos pais de colega da escola

A mulher conta que a menina de 11 anos sofria bullying por usar medicamentos para tratar de ansiedade

Geniffer Rafaela | 17/03/2023 18:38


Diarista, de 40 anos, denuncia que após a filha se envolver em uma briga com outra aluna da escola, foi agredida pelos pais da colega. A mulher conta que a filha era perseguida e sofria bullying de colegas por usar medicamentos para tratamento de ansiedade e depressão, além de frequentar o Caps (Centro de Atenção Psicossocial).

A briga aconteceu na tarde de quinta-feira (16) na Escola Municipal Professor Luiz Cavallon, mas no dia anterior a menina, de 11 anos, havia se envolvido em briga com outra aluna. Para tentar acabar com o bullying que a filha sofria, a mãe pediu que ela fosse trocada de turno, mas as perseguições teriam continuado.

Quando o desentendimento entre as garotas passou de uma discussão para uma agressão física, a filha da diarista teria sido agredida pelos pais da outra estudante envolvida na briga. “Quando eles entraram na briga, a minha outra filha de 14 anos entrou na briga para defender a irmã”, explicou a mãe.

As agressões só chegaram ao fim após a estudante ser atingida pelo pai da colega na região do tórax e desmaiar. A menina foi socorrida pela mãe de outro aluno, que a levou até a casa de sua avó e de lá chamou uma ambulância para levá-la até uma unidade de saúde.

“Eu já tinha conversado com o coordenador da escola depois da primeira briga, mas ele disse que resolveríamos isso só na segunda", conta.

Nesta sexta-feira (17), a mãe foi até a 5ª Delegacia de Polícia para registrar boletim de ocorrência de lesão corporal dolosa, contra os pais que agrediram a sua filha. A menina passou pelo Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) para realizar o exame de corpo de delito.

“Estou bastante abalada, nervosa, porque nada foi feito. A gente foi na Cepol e o homem que agrediu ela se fez de vítima e como o vídeo não mostra ele agredindo, disseram que não tinha como indiciar ele”, contou a diarista.

Após essa situação, a mãe pretende trocar as filhas de escola, pois teme que elas possam ser agredidas novamente.

O Campo Grande News entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) por e-mail, mas até o momento da publicação desta matéria não recebeu resposta. O espaço segue aberto.

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