Morador critica proposta de transporte de eucalipto pela Estrada Parque
Conselho Gestor discute amanhã plano de manejo da Estrada Parque de Piraputanga
O Conselho Gestor da Estrada Parque de Piraputanga realizará sua última reunião trimestral do ano nesta terça-feira (12) às 9h, no Campus UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Aquidauana, a 141 km da Capital. O principal ponto de discussão será o plano de manejo da Estrada Parque de Piraputanga, que ainda está em processo de elaboração.
Um dos pontos fez a população ligar o sinal de alerta. Durante a reunião, será apresentada a proposta de escoamento de eucalipto por dentro do distrito de Palmeiras, até a BR-262, por meio da Estrada Parque Piraputanga (MS-450). Ocorre que moradores também querem ter acesso aos detalhes sobre o transporte.
Comerciante de 54 anos, que pediu para não ser identificado, destacou que está preocupado com os impactos no meio ambiente e na infraestrutura local. Segundo ele, três meses atrás, a estrada MS-450 apresentava risco de deslizamento no km 18. "Houve reparos recentes naquela área, que estava trincando e com possibilidade de ceder e cair da serra, no Rio Aquidauana", explicou o comerciante.
Na opinião dele, se o trecho já é complicado para veículos pequenos, não suportará veículos pesados, como caminhões de transporte de eucalipto. "O caminhão que leva eucalipto é grande, normalmente bitrem. Agora, imagine um veículo desse tamanho passar por ali", expressou o comerciante.
O Governo do Estado investiu mais de R$ 21 milhões na extensão de pouco mais de 18 quilômetros que liga Palmeiras, Piraputanga e o Camisão. As obras contaram com pavimentação, drenagem e uma ponte de concreto sobre o Córrego das Antas.
De acordo com o conselheiro integrante do Conselho Gestor da Estrada Parque de Piraputanga, Alexandre Périco, a questão do escoamento de madeira surgiu na manhã desta segunda-feira (11). "Ainda não temos detalhes da questão da madeira. Sabemos que será algo que funcionará em Palmeiras, mas não temos detalhes", explicou.
Segundo Alexandre, a atual prioridade do conselho é a efetivação do plano de manejo da região. “O plano de manejo estando pronto é o que vai permitir o que pode ou não pode ser feito ali na região. Estaremos discutindo o cronograma na reunião de amanhã”.
A reportagem tentou contato com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para saber mais detalhes da reunião e se há alguma previsão de aprovação do plano de manejo da reunião. Entretanto, até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
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