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Direto das Ruas

Pela 2ª vez no ano, sede de projeto social tem fios de energia furtados

Devido ao furto, edifício ficou sem fornecimento de água e energia, e atividades precisaram ser canceladas

Mylena Fraiha | 05/09/2023 15:09
Parte da fiação roubada da sede do projeto, na Rua Lourenço Veiga, no bairro Campo Belo (Foto: Direto das Ruas)
Parte da fiação roubada da sede do projeto, na Rua Lourenço Veiga, no bairro Campo Belo (Foto: Direto das Ruas)

Pela segunda vez no ano, a sede do projeto Acems (Ação Comunitária Esperança de Mato Grosso do Sul), localizada no bairro Campo Belo, região norte da Capital, foi alvo de criminosos que roubaram a fiação elétrica e o hidrômetro da instituição. O incidente aconteceu na última segunda-feira (4).

O projeto, liderado pelo corretor de imóveis Fábio Higor dos Santos do Nascimento, de 31 anos, atende à comunidade local, principalmente crianças, e enfrenta dificuldades crescentes devido a roubos recorrentes. De acordo com Fábio, ano passado ocorreu um furto e neste ano, foram dois em sequência.

"Há alguns meses, fomos roubados duas vezes. No ano passado, levaram a fiação, uma geladeira e um botijão de gás. Tomamos algumas medidas, mas mesmo assim não deu certo. Agora, na segunda-feira, roubaram novamente os fios e o hidrômetro”, explica Fábio.

Fios da associação após o roubo, ocorrido na segunda-feira (Foto: Direto das Ruas)
Fios da associação após o roubo, ocorrido na segunda-feira (Foto: Direto das Ruas)

Segundo Fábio, o projeto acontece diariamente no espaço da associação de bairro, localizado na esquina entre a Rua Lourenço Veiga e a Rua João de Paula. O espaço foi cedido, pelo presidente da associação de moradores do bairro Campo Belo.

Entretanto, com o último roubo, o prédio ficou sem energia e água, o que forçou a coordenação do projeto adiar as atividades por uma semana. “Dessa vez, tivemos que dispensar as crianças e ficaremos uma semana sem atender. Como é um galpão, precisamos ligar a ventilação. E, agora, sem água e energia, não é possível atender as crianças".

Estrutura do hidrômetro que foi furtado da sede do projeto Acems, no bairro Campo Belo (Foto: Direto das Ruas)
Estrutura do hidrômetro que foi furtado da sede do projeto Acems, no bairro Campo Belo (Foto: Direto das Ruas)

Fábio também explica que os roubos têm sido uma preocupação recorrente na região. “Os roubos têm sido recorrentes na região. Temos o policiamento, mas não temos câmeras de segurança, então facilita para quem quer roubar”, explica.

Falta de recursos - Formalmente criado em 2022, o projeto Acems tem atendido 20 crianças, oferecendo aulas gratuitas de judô, muay thai, fanfarra e reforço escolar para as crianças da comunidade.

Fanfarra da Acems em apresentação na Rua 13 de Maio, durante desfile de aniversário de Campo Grande (Foto: Direto das Ruas)
Fanfarra da Acems em apresentação na Rua 13 de Maio, durante desfile de aniversário de Campo Grande (Foto: Direto das Ruas)

De acordo com Fábio, o projeto Acems operava inicialmente em dois turnos, mas, devido à falta de recursos, foi forçado a reduzir o atendimento para apenas o período da tarde. “Já tivemos ballet, inglês, futebol, kung fu e hip hop. As atividades reduziram porque o combinado era dar ajuda de custo para os professores, e não conseguimos isso”, comenta.

O coordenador do projeto também explicou que os roubos não são o único problema. Segundo Fábio, a estrutura da associação precisa passar por algumas reformas, mas os roubos constantes têm atrasado o investimento.

"Nossa prioridade era incluir uma porta de incêndio e arrumar os banheiros. Mas agora, com os roubos, teremos que reavaliar nossas prioridades. Resolver um problema, e logo surge outro. Sempre estamos realizando ações, como almoços beneficentes, mas mesmo assim tem sido difícil manter o projeto", explica Fábio.

Crianças que participam do projeto Acems, na sede do projeto, no bairro Campo Belo (Foto: Direto das Ruas)
Crianças que participam do projeto Acems, na sede do projeto, no bairro Campo Belo (Foto: Direto das Ruas)

Doações - Para recuperar o que foi roubado e continuar as atividades do projeto, Fábio estimou um custo de aproximadamente R$ 2 mil. De acordo com Fábio, qualquer doação é bem-vinda para manter viva a missão da Acems.

O coordenador da Acems também explica que o projeto possui CNPJ e está em conformidade com todas as regulamentações fiscais, garantindo transparência nas finanças.

Para doar ao projeto Ação Comunitária Esperança - MS, é possível enviar uma contribuição via Pix para a chave 26585280/0001-30.

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