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Direto das Ruas

“Zero acessibilidade”, reclamam cadeirantes de rua sem asfalto no São Conrado

Há mais de 25 anos, moradores com deficiência precisam transitar na via de terra e cascalho

Por Mylena Fraiha e Kamila Alcântara | 01/09/2024 11:23
Em sua cadeira de rodas, Joaquim observa Rua Jaguaruna, que está a mais de 25 anos sem asfalto (Foto: Osmar Veiga)
Em sua cadeira de rodas, Joaquim observa Rua Jaguaruna, que está a mais de 25 anos sem asfalto (Foto: Osmar Veiga)

Há mais de 25 anos, moradores da Rua Jaguaruna, no bairro São Conrado, na Capital, precisam transitar na via composta por terra e cascalho. O cenário é comum para vários moradores das regiões periféricas da Capital, mas para quem tem uma deficiência e precisa usar cadeira de rodas, o problema se agrava ainda mais devido à falta de acessibilidade.

A pequena rua, com cerca de 150 metros de comprimento, é quase uma travessa, paralela à Rua Henrique Barbosa e à Avenida Coronel Athos P. da Silva. Entre os residentes estão três pessoas com deficiência, que enfrentam diariamente os desafios impostos pela falta de infraestrutura.

Morador Joaquim denuncia estado precário da Rua Jaguaruna (Foto: Osmar Veiga)
Morador Joaquim denuncia estado precário da Rua Jaguaruna (Foto: Osmar Veiga)

Um deles é Joaquim dos Santos, de 66 anos, mora na Rua Jaguaruna há 27 anos e usa cadeira de rodas há 15 anos. “Sabemos na pele que é impossível transitar sozinho nessa rua, só com motorizadas ou alguém empurrando. Todos já reclamaram, mas não tem jeito, não resolvem o problema”, desabafa Joaquim.

A moradora Adolfina Benites, de 67 anos, esposa de Joaquim,  também destaca que transitar pela via em dias de chuva é uma situação ainda mais precária. “Quando chove, os cascalhos descem pela rua e meu esposo precisa fazer uma volta muito grande. Todo ano tem promessa de arrumar, mas nunca acontece. Não entendo como fazem uma avenida e deixam só esse trecho nas pedras”.

Marilda explica que vive na Rua Jaguaruna desde 1999 e que usa uma cadeira de rodas manual há 10 anos (Foto: Osmar Veiga)
Marilda explica que vive na Rua Jaguaruna desde 1999 e que usa uma cadeira de rodas manual há 10 anos (Foto: Osmar Veiga)

Já a moradora Marilda Pereira de Jesus, de 70 anos, explica que vive na Rua Jaguaruna desde 1999 e que usa uma cadeira de rodas manual há 10 anos. Ela relata que a falta de acessibilidade praticamente a prende dentro de casa.

“Acessibilidade zero aqui, eu não saio de casa. Quando preciso de alguma coisa, meus filhos trazem ou me levam, mas eles têm a vida deles, a família deles. É triste você querer um pão fresco pela manhã e não ter a chance nem de sair de casa para ir na esquina comprar. O jeito é esperar, não podemos ficar incomodando as pessoas”, lamenta a moradora.

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