Caso de “vaca louca” em MT faz país suspender exportações de carne para a China
Ofício do Dipoa afirma que paralisação das exportações a partir de 31 de maio atende a acordo sanitário com o governo chinês
O Ministério da Agricultura confirmou nesta segunda-feira (3) a suspensão das exportações de carne bovina para a China, em decorrência da identificação e um caso de EEB (encefalopatia espongiforme bovina, a doença da “vaca louca”) em Mato Grosso. Conforme circular interna do Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) enviada a frigoríficos que operam com aquele país, a medida integra o acordo sanitário firmado entre o Brasil e o governo chinês.
A doença foi identificada em um animal de 17 anos, já abatido, e todo o material de risco específico da doença foi removido durante o abate e incinerado, “não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes”. Com a medida, o ministério afirma estar descartado o risco para a população.
O Mapa manteve, ainda, a avaliação divulgada em 31 de maio, quando foi anunciado o caso de vaca louca, de que o surgimento da doença manterá a classificação de risco do Brasil como “insignificante”.
A identificação do caso ocorre pouco depois de a ministra Tereza Cristina chefiar visitas de delegações brasileiras a países asiáticos a fim de ampliar a liberação de frigoríficos para a exportação. A suspensão das exportações vale para a produção após 31 de maio.
Doença cerebral que ocorre em bovinos adultos e pode ser transmitida a seres humanos pelo consumo de carne contaminada, o mal da vaca louca é causada por proteínas alteradas e não tem cura ou tratamento. O cérebro das vítimas perde massa, gerando acelerada deterioração mental e colocando o paciente em coma em poucos meses. A transmissão não ocorre de uma pessoa para outra.