Abertura de mercado dos EUA trará oportunidades para MS, diz consultor
Consultor avalia que economia terá impacto positivo
A economia sul-mato-grossense será diretamente impactada pela liberação da exportação de carne bovina in natura para os Estados Unidos. A decisão foi oficializada no último dia 28, durante o IX CCA (Comitê Consultivo Agrícola) dos dois países, em Washington.
Segundo o consultor em Comércio Exterior, Aldo Barrigosse, o Estado terá grandes oportunidades com a nova vertente para exportação, beneficiando não apenas os grandes frigoríficos, mas também os de menor proporção. “A abertura do mercado norte-americano pode aumentar o volume de abates e, com a ampliação do mercado internacional, pode haver menos interesse no mercado regional, abrindo espaço para os pequenos frigoríficos, beneficiando a pecuária e a economia como um todo“, avalia Barrigosse.
Para o consultor, Mato Grosso do Sul tem estrutura para atender ao exigente mercado norte-americano e os reflexos na economia regional poderão ser sentidos a partir de 2017. "O Estado já atende aos pré-requisitos exigidos pelos Estados Unidos, com animais de alta qualidade e condições de atender, inclusive, outros mercados internacionais", destaca.
Com cinco grandes frigoríficos aptos para exportar, Mato Groso do Sul ocupa a quarta posição no ranking nacional de produção de carne bovina, com rebanho estimado em 21 milhões de cabeças de gado, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
As negociações para a abertura de mercado para a carne bovina in natura entre os dois países tiveram inicio em 1999. Nesta segunda-feira (1º), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi e a embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, se reúnem no Palácio do Planalto para fazer a troca de cartas de reconhecimento de equivalência dos controles oficiais de carne bovina entre os países.