Ação gratuita orienta sobre como ser empreendedor formal e regularizar MEI
Evento acontece até sexta-feira (12) com atendimento e palestras
Começou hoje em Campo Grande e outros 14 municípios de MS, a Semana do MEI (Micro Empreendedor Individual). O evento terá atendimento gratuito até sexta-feira (12), voltado para empreendedores que querem sair da informalidade, regularizar sua situação ou tirar dúvidas.
Para agilizar o atendimento, que em Campo Grande acontece na praça Ary Coelho, foi montada uma estrutura para que a população resolva seus problemas, ou ao menos, sai de lá com encaminhamento para resolver a demanda. As atividades acontecem das 8h às 17h e a programação pode ser encontrada aqui.
De acordo com o superintendente do Sebrae, Claudio Mendonça, Mato Grosso do Sul tem 100 mil Meis registrados na Jucems (Junta Comercial de MS), mas 60% deles estão inadimplentes em relação ao pagamento de tributos. "Isso acontece por desconhecimento dos empresários sobre as regras".
A organização espera que até a sexta-feira, 1,5 mil pessoas passem pelo local. Quem chega lá faz um cadastro, recebe um crachá e é encaminhada para a área específica da demanda. Ao mesmo tempo ainda são realizadas palestras sobre vários temas.
Entre as vantagens de se tornar MEI, Claudio Mendonça afirma que é possível "emitir nota, fazer empréstimo em bancos e ainda tem a questão da segurança", como auxilio saúde, auxilio maternidade e aposentadoria.
Com uma crise instalada no país e o alto número de desempregados, a cidade viu o número de empreendedores crescer nos últimos anos. Para Claudio, atualmente "as pessoas estão empreendendo por necessidade". Já o secretário estadual, Jaime Verruck, acredita que a tendência é aumentar, após a aprovação da lei que autoriza a terceirização em todas as áreas.
Busca - Logo nas primeiras horas de atendimento Katia Regina Fernandes, 41, aproveitou para tirar suas dúvidas. Ela mora em Terenos e no ano passado iniciou uma empresa de cesta cafe da manhã e bolos, mas abandonou o projeto após a morte do marido.
Passada a fase de luto, ela afirma que quer reabrir um negócio, regularizar a situação e investir na ideia. "Decidir reabrir pelos meus filhos, eu havia me acomodado, mas eu acordei e decidi recomeçar. Hoje em vim colocar tudo em ordem para recomeçar meu negócio".
Outro que viu o atendimento e buscou ajuda foi Jair Antonio dos Santos, 35. Ele tem uma empresa de entregas há seis anos, mas é informal. Hoje foi até a praça Ary Coelho para sair da informalidade e saber o que precisa fazer para isso.
"Pela questão dos benefícios em relação a geração de crédito e prestação de serviço e poder emitir nota fiscal, eu acho que chegou a hora de sair da informalidade", disse.