Agropecuária salva e MS é o terceiro do país na geração de empregos
No primeiro semestre de 2016, Mato Grosso do Sul gerou 3.319 postos de emprego, com crescimento de 0,64% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado estadual é o terceiro melhor do país, perdendo apenas para os vizinhos Goiás e Mato Grosso, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em todo o país, apenas quatro estados tiveram desempenho positivo no semestre, em que a média nacional foi de -1,34%. Além do Centro-Oeste, Roraima é o único estado que gerou empregos entre janeiro e junho.
Não é por acaso que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás lideram o ranking. Na metade deste ano, com as vendas baixas no comércio e a construção civil tentando superar a crise, a agropecuária salvou o mercado de trabalho dos estados. Só em junho, o segmento gerou 600 empregos em MS.
Apesar das intempéries climáticas que abalaram a produção de grãos, as safras de milho e soja foram essenciais para estimular a economia. Os grãos, junto a celulose, são as principais commodities do Centro-Oeste.
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, o resultado mostra um início de recuperação da economia, mas a geração de vagas da agropecuária é sazonal. "Em relação ao país o Estado teve um bom desempenho, mas ainda é muito pouco. As 35 vagas geradas em junho, ficaram abaixo da expectativa do governo", afirma.
Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mostram que o desempenho semestral de 3.319 vagas em 2016 é maior que no ano passado, com 750 empregos a mais.
Porém, em 2014 por exemplo, foram criados 8.946 vagas de empregos no primeiro semestre. Mais que isso, Entre 2010 e 2012, o montante de novos postos de trabalho passava dos 20 mil em seis meses.
Cenário - Jaime vê a retração da construção civil e do comércio, que fecharam vagas em junho, como preocupante. "Não esperávamos a construção civil com esse resultado. Outro dado é que o resultado mostra que a crise chegou, efetivamente, no comércio varejista".
Segundo ele, apesar da expectativa de confiança no comércio estar aumentando, isso ainda não se reflete no mercado de trabalho. "A maioria das vagas fechadas são de baixa exigência de qualificação profissional, isso é ruim por que muitos dos trabalhadores se enquadram nelas", destaca o secretário.