Alavancado por obras públicas, construção civil puxa retomada em MS
Economia sul-mato-grossense já acumula 24.340 novas vagas abertas em apenas cinco meses
O investimento do Governo do Estado em obras pública é um dos principais fatores de manutenção e impulsão econômica de Mato Grosso do Sul durante esse período de pandemia. Ao todo, são 249 locais em construção ou reforma, gerando emprego e renda em vários locais das 79 cidades sul-mato-grossenses.
Um exemplo desse alto investimento é a reforma do Parque dos Poderes, em Campo Grande, onde serão destinados R$ 18,9 milhões. Apenas nesse canteiro de obras, são empregados 82 trabalhadores - a expectativa é que o serviço dure até 2022.
Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indicam que Mato Grosso do Sul fechou maio com saldo positivo de 4.327 empregos gerados em todos os setores - a construção civil, um dos poucos setores que funcionou ininterruptamente, foram 590 oportunidades geradas apenas nesse mês.
Somado todo o acumulado do ano, já são 24.340 novas vagas formais, o que demonstra a capacidade financeira positiva do Estado durante a pandemia. "Com o avanço da vacinação, Mato Grosso do Sul vive uma plena retomada da economia", frisa o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que prossegue.
"Esse número [24.340 novos empregos formais] é 71% maior do que a quantidade de empregos aberta em todo o ano passado, que foi de 14.173", destaca, enquanto o chefe da pasta de Infraestrutura do Estado, Eduardo Riedel, ressalta que "o setor da construção civil representa oportunidades em diversas áreas".
Para Riedel, os dados ainda apontam um perfil competitivo e de desenvolvimento. "Nosso Estado tem desenvolvido gradativamente, mesmo diante das dificuldades, e agora com o plano de retomada para os setores mais afetados pela pandemia temos a esperança de recuperar os empregos perdidos e continuar crescendo".
Renda formal - Os investimentos realizados, sejam eles com recursos próprios ou repasses federais, vem possibilitando que trabalhadores como Paulo Sérgio de Lima, de 50 anos, consigam recuperar sua renda fixa mensal.
Após perder o emprego no início da pandemia de covid-19, o operário ficou meses desempregado, até ser reempregado pela construtura responsável pela reforma do Parque dos Poderes. "Fui despedido e fiquei vivendo de bico, até que nesse ano apareceu a oportunidade de trabalhar na Engepar", explica.
Já o engenheiro da obra, Guth Halley, enxerga que o momento é positivo para a construção civil diante da flexibilidade do setor e após um período de queda. "Por causa desse dinamismo, o setor responde rapidamente ao mercado, aquecendo e movimentando a economia", opina o engenheiro.