Alta tributária dos combustíveis deve pôr fim à temporada de gasolina barata
Temer assinou decreto aumentando PIS/Cofins da gasolina, diesel e etanol
A alta tributária dos combustíveis será repassada ao consumidor final de Mato Grosso do Sul. “Assim que chegar às refinarias, terá repasse para as bombas”, afirmou a assessoria de imprensa do Sinpetro (sindicado que representa os donos de postos).
Na tarde desta quinta-feira (20), o presidente Michel Temer e os ministros da área econômica assinaram decreto autorizando aumento de tributos sobre os combustíveis, com expectativa de arrecadar cerca de R$ 11 bilhões neste ano.
O anúncio da elevação da carga tributária deve ser feito nesta sexta-feira (21). Haverá reajuste do PIS/Cofins incidente sobre a gasolina, diesel e etanol. O governo federal ainda não comunicou quais serão as novas alíquotas. Hoje, antes de embarcarem para a Argentina, Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assinaram o decreto, que reajusta os tributos.
De acordo com o jornal Valor Econômico, a decisão de subir esse imposto visa cobrir as frustrações de receitas com a repatriação, a reoneração da folha de pagamentos, o novo Refis e garantir que o governo tenha condições de cumprir a meta de deficit primário de R$ 139 bilhões.
A tentativa de equilíbrio fiscal impactará no bolso dos condutores de todo o país. Em Mato Grosso do Sul, a assessoria de imprensa do Sinpetro afirmou que a tendência é de repasse para a bomba. No entanto, conforme observa a assessoria, deve-se levar em consideração a concorrência.
Preço baixo – Esse componente (a concorrência) tem puxado para baixo os preços da gasolina em Campo Grande e pode segurar alta expressiva, que resultaria da carga tributária mais salgada.
Na Capital, é possível encontrar o combustível comercializado por R$ 2,89 (no posto, situado na esquina das ruas 26 de Agosto e Rui Barbosa). O valor é o menor desde agosto de 2015, quando o menor valor da gasolina em Campo Grande era de R$ 2,88, conforme dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo).