Apesar de preço alto da carne bovina, consumo de suíno segue estável
Mesmo com o preço da carne bovina mais caro em agosto, o preço acessível da carne suína e a 2ª Semana Nacional da Carne Suína, o consumo de carne suína se mantém estável. O Campo Grande News conversou com 10 açougues para saber como está se comportando o consumidor na hora de comprar carne, item que dificilmente fica fora do prato do campo-grandense. Em apenas duas das casas de carne pesquisadas foi verificado aumento na procura pelo tipo suíno.
Entre os que tiveram vendas positivas desse item está a casa de carne onde Sérgio Vieira é gerente. Lá, a venda de suínos aumentou cerca de 20%. "Do dia 10 do mês passado (agosto) até agora, a procura por carne suína aumentou, mesmo sem fazermos promoção", conta.
Em apenas um estabelecimento pesquisado a venda do tipo suíno caiu, já nos demais não houve aumento na procura.
Preços - No entanto, apesar da costeleta suína fresca registrar alta de 4,32% em relação à janeiro deste ano, o pernil e a bisteca frescas registraram, em agosto, queda de 3,19% e 1,26%, respectivamente, se comparadas com os primeiros meses do ano, apontando para economia em relação à carne bovina.
Os números, levantados pela Universidade Anhanguera-Uniderp, apontam que o pernil fresco, por exemplo, foi registrado em agosto deste ano com o mesmo preço cobrado em janeiro de 2013, o que indica estabilidade nos valores praticados para este tipo de carne.
Ainda de acordo com o levantamento da Anhanguera-Uniderp, em maio do ano passado o pernil fresco chegou a seu valor mais baixo, sendo comercializado a R$ 7,46 o quilo. No entanto, o corte sofreu aumento gradativo e, em junho deste ano, o quilo chegou a ser vendido por R$ 9,72.
Atualmente, o pernil e a bisteca suína são comercializadas a uma média de R$ 10 o quilo, o que representa uma queda em relação aos valores praticados fora da Semana Nacional da Carne Suína. Habitualmente, a costelinha custa, em média, R$ 14,90 e, o lombo suíno, R$ 15,90.
Já o preço da carne bovina não deve sofrer grandes mudanças, segundo afirmou Celso Correia de Souza, coordenador do NEPES (Núcleo de Pesquisas Econômicas), da Universidade Anhanguera-Uniderp, em entrevista ao Campo Grande News na semana passada. "A característica normal da época é mesmo que o preço dela suba, até mesmo por causa do clima de festas que se aproxima. As pessoas passam a gastar mais com carne com a proximidade do final de ano", conclui.