Apesar de queda, MS foi o maior produtor de celulose do país no ano passado
Entre os dez municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul
Apesar de uma queda de 16,6% na quantidade de madeira colhida, se comparado ao ano de 2018, Mato Grosso do Sul foi o maior produtor nacional de madeira em tora para papel e celulose do país no ano passado, somando 14,6 milhões de metros cúbicos de área plantada. As informações são da pesquisa da PEVS (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura) 2019, divulgada hoje (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre os dez municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul. Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, inclusive, apresentaram as maiores áreas de florestas plantadas do país, com 263,7 mil hectares e 217,3 mil hectares, respectivamente, seguidos por Telêmaco Borba (PR), com 159 mil hectares. Água Clara (131.942 mil hectares); Brasilândia (128.600 mil hectares) e Selvíria (87.321 mil hectares) também estão entre as regiões com maiores áreas plantadas.
Três Lagoas também gerou o segundo maior valor da silvicultura (R$ 247,3 milhões). O instituto classifica este tipo de ocupação do solo como aquela caracterizada por plantios florestais de espécies exóticas ou nativas, sendo que a maior predominância no Estado é a da espécie eucalipto. Ribas do Rio Pardo completa a lista das regiões com os dez maiores valores da produção da silvicultura em 2019.
Em todo o país – Em 2019, 3.523 municípios brasileiros registraram 10 milhões de hectares de áreas de florestas plantadas. A produção de eucalipto para a indústria de papel e celulose ocupa 7,6 milhões de hectares, enquanto o Pinus está em 2 milhões de hectares e outras espécies, em 387 mil hectares.
Em 2019, a silvicultura contribuiu com 77,7% (R$ 15,5 bilhões) do valor da produção florestal (R$ 20,0 bilhões), com queda de 5,0% em relação a 2018, após três anos consecutivos de crescimento. Já a participação da extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) foi de 22,3% (R$ 4,5 bilhões), com alta de 6,4% frente a 2018. Dos nove grupos de produtos que compõem a exploração extrativista, sete tiveram aumento no valor de produção.
Os produtos madeireiros representam 64,5% da extração vegetal, seguidos pelos alimentícios (27,4%), ceras (5,3%) e oleaginosos (2,3%).